Após o anúncio de que o IPCA de 2015 bateu 10,67%, o Ministério da Fazenda afirmou na noite desta sexta-feira (8) em nota, que "contribuirá no combate à inflação mediante a adoção de ações para o reequilíbrio fiscal e para o aumento da produtividade da economia". A pasta disse ainda que "o controle à inflação é uma prioridade do governo, e o Banco Central do Brasil está empenhado em adotar as medidas necessárias para alcançar o centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional até o final de 2017".
O comunicado da Fazenda saiu poucos minutos após o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, enviar carta aberta ao ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, por descumprir a meta de inflação, que estabelece um teto de 6,5%. A nota da Fazenda, no entanto, não faz nenhuma menção direta à carta do BC. E de acordo com a assessoria de imprensa do ministério, nenhum pronunciamento sobre o carta será divulgado.
Conforme a carta enviada pelo BC à Fazenda, o nível de inflação de 2015 refletiu, em grande parte, os efeitos de dois importantes processos de ajustes de preços relativos na economia: o realinhamento dos preços administrados em relação aos chamados preços livres e o realinhamento dos preços domésticos em relação aos internacionais, observados desde o final de 2014 e que se estenderam ao longo de 2015.
O documento enviado pelo Banco Central diz ainda que o órgão tem trabalhado para manter a inflação sob controle e convergi-la para a meta.