Líder do PSD, o presidente da comissão especial do impeachment, deputado Rogério Rosso (DF), foi um dos 38 que votou a favor da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Rosso não antecipou seu voto até as vésperas da votação do relatório de Jovair Arantes (PTB-GO), mas, a cada sessão do colegiado, dava sinais de que votaria contra o governo.
O líder da oposição no Congresso, deputado Mendonça Filho (DEM-PE), disse que o voto de Rosso não foi uma novidade. "Já esperava", afirmou. Quando Rosso foi apontado para presidir os trabalhos, sua indicação - que tinha o aval do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - agradou à oposição.
Os oposicionistas afirmam que o resultado da votação na comissão demonstra uma vitória consistente. "Fortalece o processo para o plenário, dá combustível para uma vitória ainda maior", comentou
Entre os chamados governistas, Rosso foi o único a votar pelo afastamento da petista. Os líderes Leonardo Picciani (PMDB-RJ) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) votaram contra o parecer.
Na votação desta noite, quatro suplentes votaram no lugar de titulares. Dois votaram contra o parecer e dois a favor.