Para evitar impeachment, só é preciso reverter dois votos, diz Lindbergh

Um dos principais porta-vozes do PT, o senador Lindbergh Farias (RJ), disse estar otimista de que é possível "reverter a batalha final no plenário"
Estadão Conteúdo
Publicado em 12/05/2016 às 8:56
Foto: NE10


Um dos principais porta-vozes do PT, o senador Lindbergh Farias (RJ), disse estar otimista de que é possível "reverter a batalha final no plenário", na votação do julgamento da presidente Dilma Rousseff

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"Hoje eles tiveram 55 votos, para o impeachment vão precisar de 54. Se o governo Temer for um governo em crise, se ele tiver problemas de popularidade e rejeição, isso aqui pode virar", argumenta o senador, explicando que para reverter o quadro só seria necessário reverter dois votos. 

Os governistas conseguiram 22 votos contra o afastamento da presidente na sessão desta terça-feira. Com o resultado, Dilma é afastado por 180 dias, enquanto a comissão do impeachment no Senado avalia agora o mérito da denúncia.

O petista alegou ainda que muitos senadores, ao anunciarem seu voto nesta quinta-feira (12), votaram pela abertura do processo e não pelo impeachment em si. "Tem muitos senadores que disseram que votaram pela admissibilidade e que analisariam o mérito com muito rigor, foram muitos os que disseram isso."

Outra aposta de Lindbergh é no fracasso do novo governo. De acordo com ele, o vice-presidente Michel Temer é impopular e vai sofrer com a pressão das ruas. "Vamos entrar no período de mais instabilidade política, o governo Temer é um governo sem legitimidade, para mim vai ser um governo de crise".

O senador também lamentou o resultado da votação desta manhã. "Acho hoje um dia triste. É um absurdo afastar uma presidente sem crime de responsabilidade, é uma grande injustiça", afirmou. Para ele, a votação de hoje foi muito mais política do que jurídica.

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Lista dos senadores que falarão na sessão da aceitabilidade do processo de impeachment - Geraldo Magela/Fotos Públicas
Senadores votam aceitabilidade do processo de impeachment da presidente Dilma -
Renan Calheiros é presidente do Senado -
Senador Aécio Neves (PSDB) é a favor do impeachment da presidente Dilma -
Senadora Gleisi Hoffmann pediu a anulação do processo, mas não foi atendida -
Renan Calheiros (PMDB-AL) e Raimundo Lira (PMDB-PB) observam discurso de Lúcia Vânia (PSB-GO) -
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Senadora Regina Sousa (PT-PI) durante a sessão do impeachment - Jane de Araújo/Fotos Públicas
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Senadores Eunício Oliveira (PMDB-CE); Alves (PR-TO);Renan Calheiros (PMDB-AL) e Raimundo Lira (PMDB - Jefferson Rudy/Fotos Públicas
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Bancada: senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE); senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) - Jefferson Rudy/Fotos Públicas
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Eunício Oliveira (PMDB-CE), Vicentinho Alves (PR-TO), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Raimundo Lira (PMD - Jefferson Rudy/Fotos Públicas
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Pronunciamento do senador Paulo Paim (PT-RS) - Pedro França/Fotos Públicas
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Senador José Agripino (DEM-RN) e senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) - Pedro França/Fotos Públicas
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