A sessão de votação do segundo turno a Proposta de Emenda à Constituição 241/2016, PEC do Teto dos Gastos Públicos, começou na tarde desta terça-feira (25), marcada por manifestação no plenário da Câmara dos Deputados. Por 265 votos a 26, o plenário rejeitou o requerimento da oposição para retirar o pojeto da pauta.
As galerias da Câmara ficaram ocupadas por manifesantes contra à PEC 241. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), suspendou a sessão provisoriamente e mandou os seguranças esvaziar o espaço. Em seguida, retomou os trabalhos.
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"1, 2, 3, 4, 5 mil. Ou para essa PEC, ou paramos o Brasil" e "Ô deputado, preste atenção, você foi eleito com o voto do povão" eram alguns dos gritos entoados pelos manifestantes, que até o momento continuam nas galerias.
"Essa é a última vez que deixei as galerias abertas", disse Maia, que mais cedo já havia pedido "respeito" aos manifestantes O presidente da Câmara disse ainda que o desrespeito tem ocorrido de "forma sistemática".
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) tentou negociar com policiais a permanência das pessoas. Outros membros da oposição tentavam estabelecer novo pacto para que os manifestantes possam ficar nas galerias, desde que em silêncio.
Maia reiterou o pedido por silêncio e disse que nenhum deputado pode desrespeitar ordem do presidente da Casa. No entanto, decidiu dar mais uma chance para os manifestantes, que serão de fato expulsos se houver nova interrupção.
A oposição promete promete dificultar a aprovacao com mudança do texto original da PEC 241. O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), promotor da petição, disse que a proposta apresenta risco aos recursos destinados à saúde e à educação e classificou a medida de "PEC da desigualdade".
Antes da confusão, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) já havia reclamado da população presente. "Eles estão aqui cercando deputados. Depois a polícia age e dizem que é resquício de ditadura", disse, pedindo silêncio "para a boa condução dos trabalhos".
"Lugar de baderneiro é lá fora comendo capim", afirmou Bolsonaro.