Roberto Freire diz que analisará caso de Geddel com Iphan

Em entrevista à Folha de S. Paulo, Calero disse que um dos motivos que o levou a pedir demissão foi pressão feita por Geddel para que o Iphan aprovasse projeto imobiliário
Estadão Conteúdo
Publicado em 19/11/2016 às 10:58
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Calero disse que um dos motivos que o levou a pedir demissão foi pressão feita por Geddel para que o Iphan aprovasse projeto imobiliário Foto: Foto: JC Imagem


Escolhido para suceder Marcelo Calero no Ministério da Cultura, o deputado federal Roberto Freire (PPS-SP) afirmou neste sábado (19) que vai respeitar a decisão técnica do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão subordinado à Pasta, sobre a construção de um projeto imobiliário em Salvador (BA) em que o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) comprou um apartamento.

Reportagem do Jornal Folha de S. Paulo, edição deste sábado (19), mostra que Calero disse que um dos principais motivos que o levou a pedir demissão do cargo foi pressão feita por Geddel para que o Iphan aprovasse o projeto imobiliário La Vue Ladeira. De acordo com o jornal, o empreendimento tem cerca de 100 metros de altura e está previsto para ser construído nos arredores de uma área tombada da capital baiana, base eleitoral do ministro da Secretaria de Governo. 

"Vou tomar conhecimento do fato ainda. Mas antes de tomar conhecimento, o princípio que me norteia é o técnico. Se existe um órgão técnico, é para ser respeitado na suas decisões. Se existe um órgão técnico e competente, cabe ao ministro levar em consideração e respeitar isso. Se não, quem vai colaborar com o ministro?", afirmou Freire. "O Iphan existe; é um órgão técnico e competente para essas questões. E eu costumo respeitar os órgão técnicos", disse. 

Gestão de Calero

O futuro ministro ainda elogiou a gestão de Calero a frente do Ministério da Cultura e disse que deve dar continuidade ao trabalho dele. "Não há nenhuma ruptura. Ele fez um ótimo trabalho. Não está saindo com nenhum problema do ponto de vista político e administrativo. Vamos conversar com ele. Tem muito mais de continuidade do que qualquer mudança", afirmou Roberto Freire.

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