Em sua exposição inicial na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, nesta quarta (12), a procuradora Raquel Dodge, indicada para o comando da Procuradoria-Geral da República, afirmou que o enfrentamento da corrupção continuará a ser prioridade no Ministério Público Federal e terá todo o apoio necessário da instituição.
A procuradora ressaltou que a corrupção desvia recursos de serviços essenciais, como saúde, educação e energia; eleva o custo Brasil, diminui a competitividade e aumenta o fosso da desigualdade social. "Ao zelar pelo bom gasto do dinheiro publico, o MPF cumpre seu papel constitucional", disse.
Raquel Dodge se comprometeu também a apoiar fortemente a tutela coletiva, a defesa dos direitos humanos, o meio ambiente e as instituições democráticas. "É preciso ampliar o acesso à Justiça e a celeridade dos processos", defendeu.
De acordo com a procuradora, o Ministério Público tem atuado com o empenho de cumprir sua missão institucional de servir ao povo brasileiro. "Ao longo dos anos, o MP se aproximou do cidadão. É nosso dever conhecer os principais problemas da população", disse.
Raquel Dodge foi indicada para o cargo de procuradora-geral da República pelo presidente Michel Temer em substituição a Rodrigo Janot, cujo mandato encerra-se em 17 de setembro. Ela foi a segunda mais votada em lista tríplice elaborada por procuradores de todo o país.
Após a sabatina de Raquel Dodge, os integrantes da CCJ votarão a indicação (MSF 37/2017). O presidente da comissão, senador Edison Lobão (PMDB-MA), disse esperar que a mensagem seja votada ainda hoje também pelo Plenário do Senado.