Por ordem da direção do PSB, a líder do partido na Câmara, deputada Tereza Cristina (MS), orientará voto a favor da aceitação da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer durante votação nesta quarta-feira (2) no plenário. O partido já tinha deixado a base aliada após a divulgação da delação da JBS incriminando Temer, mas continua no comando do Ministério de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho (PE), integrante da ala da legenda que defende a permanência da sigla no governo.
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Tereza, que também é da ala governista e que votará contra a aceitação da denúncia e a favor de Temer, recebeu um ofício do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, determinando que ela orientasse o voto pela abertura de investigação contra o presidente. "Solicito a vossa excelência (...) utilizar o tempo de liderança para encaminhar a posição amplamente majoritária no partido, que é pelo acolhimento da denúncia", escreveu Siqueira.
No documento, o dirigente afirmou que, caso a líder "se sinta de algum modo constrangida de dar sequência a tais iniciativas", "solicito encarecidamente, em nome da adequada percepção da população sobre as posições do PSB, fazer-se representar por um dos vice-líderes" do partido na Câmara. Ao Broadcast Político, Tereza afirmou que, mesmo sendo pessoalmente contra a denúncia, seguirá a orientação da direção partidária e encaminhará o voto da bancada pela abertura da investigação.
O PSB tem a sétima maior bancada da Câmara, com 36 deputados. Desse total, 22 já declararam ao Placar do Estado/Broadcast voto favorável à denúncia e apenas cinco contra. Os demais se disseram indecisos ou não quiseram responder. Entre os favoráveis está o ministro de Minas e Energia, que foi um dos 10 ministros que são deputados exonerados nesta quarta-feira pelo presidente Michel Temer para participar da votação na Casa.