Congresso vota mudança da meta fiscal ainda hoje, diz líder do governo

Segundo André Moura, há acordo para que a sessão aberta para analisar vetos presidenciais seja suspensa para que a Comissão Mista de Orçamento vote a proposta
Estadão Conteúdo
Publicado em 29/08/2017 às 19:29
Segundo André Moura, há acordo para que a sessão aberta para analisar vetos presidenciais seja suspensa para que a Comissão Mista de Orçamento vote a proposta Foto: Foto: Pedro França/Agência Senado


O líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), afirmou na tarde desta terça-feira (29), que a proposta que altera a meta fiscal será votada ainda hoje no plenário da Casa. Segundo ele, há acordo com o presidente do Congresso, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), para que a sessão aberta para analisar vetos presidenciais seja suspensa para que a Comissão Mista de Orçamento (CMO) vote a proposta.

Pelo regimento interno, nenhuma proposta por ser votada em comissões enquanto houver sessão deliberativa no plenário. O governo tenta aprovar a proposta que altera o déficit no Orçamento de 2017 e de 2018 para R$ 159 bilhões até quinta-feira, 31. A data é o prazo máximo para que o Projeto de Lei Orçamentário Anual (PLOA) seja enviado ao Congresso.

O problema é que ainda há vetos trancando a pauta do Congresso. Embora boa parte deles já tenha sido analisada, a oposição tem estendido as discussões, impedindo uma aprovação rápida. Na avaliação de um assessor de Eunício, não haverá tempo para votar todos e ainda a alteração da meta fiscal na mesma sessão.

Falta de quórum

Mais cedo, após a sessão da CMO ser interrompida por falta de quórum, Moura iniciou intensa negociação com líderes e com o próprio Eunício para viabilizar a votação da mudança de meta ainda hoje. Chegou a acompanhar o senador ao banheiro tentando convencê-lo a votar tudo na mesma sessão.

Taxa de Longo Prazo (TLP)

Apesar de insistir na votação da alteração da meta ainda hoje, Moura afirmou que deixará para amanhã a conclusão sobre a Medida Provisória (MP) que cria a TLP, taxa que vai servir como base para os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ainda faltam três destaques para a que a medida seja aprovada pela Câmara e siga para o Senado. 

A proposta precisa ser aprovada pelos senadores antes de 7 de setembro, quando caduca.

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