A analise da participação geral do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) em comissões no atual mandato - o sétimo dele na Câmara -, revela que o interesse do parlamentar em participar de temas debatidos permanentemente da Casa vem caindo ano a ano.
Em 2015, primeiro ano da legislatura, Bolsonaro foi a 141 reuniões de comissão, seja como titular, suplente ou não membro. Neste ano, o presidenciável demonstrou interesse em discutir, por exemplo, políticas de direitos humanos e minorias - ele foi titular desta comissão, mas faltou a 38 reuniões -, desarmamento, maioridade penal e registro civil. Em 2016, Bolsonaro participou oficialmente de 42 reuniões do tipo e, em 2017, foi a apenas 34.
Dados publicados no site da Câmara dos Deputados mostram ainda que de 2015 pra cá, Bolsonaro foi membro titular de ao menos uma comissão permanente e atuou em uma CPI, a da Funai. Mas mesmo quando o tema debatido faz parte de seu discurso, como no caso da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, outros parlamentares têm voz mais ativa que a dele, como Jean Wyllys (PSOL-RJ), que marcou presença 38 vezes.
Em 2017, Jair Bolsonaro faltou a 70% das reuniões e audiências públicas realizadas pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, da qual foi membro titular. O grupo é o responsável na Câmara dos Deputados por discutir parte das bandeiras defendidas pelo presidenciável, como política externa, direito e processos militares e relações diplomáticas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.