O ex-presidente Lula, que teve a sua prisão decretada na tarde desta quinta-feira (5) pelo juiz Sérgio Moro, terá uma cela exclusiva em Curitiba, que já está sendo preparada pela Polícia Federal da capital paranaense. Após a decisão do pleno do Supremo Tribunal Federal (STF) de negar o habeas corpus preventivo impetrado pela sua defesa, o Tribunal Regional Federal (TRF-4) encaminhou ofício autorizando Moro, responsável pelos julgamentos em 1ª instância da Operação Lava Jato. O ex-presidente terá até às 17h dessa sexta-feira (6) para se apresentar.
O petista não ficará na área de custódia na sede da PF. Lá estão presos o ex-ministro Antonio Palocci e o sócio da OAS, Aldemário Pinheiro Filho e Léo Pinheiro. Uma sala do prédio, com banheiro, que era usada anteriormente por policiais de outras cidades que iam até Curitiba participar de Operações, está sendo adaptada para recebê-lo, onde ele ficará isolado.
Ainda no despacho, o juiz Sergio Moro proibiu que sejam utilizadas algemas no petista. "Vedada a utilização de algemas em qualquer hipótese", determinou o magistrado. No documento, Moro também diz conceder, "em atenção à dignidade do cargo que ocupou", a oportunidade de apresentar-se voluntariamente à PF (Polícia Federal) em Curitiba até as 17h de amanhã, quando deverá ser cumprido o mandado de prisão. O magistrado afirmou ainda que não há como a defesa do ex-presidente protelar a execução da pena.
Além do isolamento, o ex-presidente terá um horário diferenciado para o banho de sol. Além disso, ele não poderá receber visitas de familiares no mesmo momento dos outros detentos, pelo menos nos primeiros meses de detenção. Atualmente, as famílias das pessoas presas na sede da PF, em Curitiba, fazer as visitas em todas as quartas-feiras simultaneamente no mesmo espaço.