Operação da PF investiga fraudes a fundos de pensão Postalis e Serpros

A operação Rizoma é um desdobramento da Lava Jato e cumpre 10 mandados de prisão preventiva e 21 de busca e apreensão no Rio, em Brasília e em São Paulo
Estadão Conteúdo
Publicado em 12/04/2018 às 8:16
A operação Rizoma é um desdobramento da Lava Jato e cumpre 10 mandados de prisão preventiva e 21 de busca e apreensão no Rio, em Brasília e em São Paulo Foto: Foto: ABr


A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (12) a operação Rizoma, mais um desdobramento da Lava Jato, que investiga os crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção. Cento e quarenta agentes estão nas ruas no Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo para cumprir dez mandados de prisão preventiva e outros e 21 mandados de busca e apreensão.

Entre os alvos da operação está Arthur Pinheiro Machado, apontado como operador e criador da Nova Bolsa e preso em São Paulo, segundo a PF. Além dele, também são alvo o lobista Milton Lyra, citado em operações anteriores como operador de políticos, e Marcelo Sereno, ex-secretário nacional de comunicação do PT.

A ação, liderada pelo Ministério Público Federal (MPF), investiga suspeitos de participar de um esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina para gestores dos fundos de pensão dos Correios (Postalis) e do Serpro, empresa pública de tecnologia da informação.

O esquema

O MPF aponta que valores oriundos dos fundos de pensão eram enviados para empresas no exterior gerenciadas por um operador financeiro brasileiro. As remessas, apesar de aparentemente regulares, referiam-se a operações comerciais e de prestação de serviços inexistentes.

Em seguida, os recursos seriam pulverizados em contas de doleiros também no exterior, que disponibilizavam os valores em espécie no Brasil para suposto pagamento de propina.

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