Preso há três ano e meio, o engenheiro Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, está prestes a assinar um acordo de delação premiada com os procurados da Lava Jato, em Curitiba. Segundo informações do jornal O Globo, Renato teria firmado um acordo com procuradores brasileiros e italianos, para delatar crimes investigados em processos que ocorrem na Itália. O ex-diretor da estatal petrolífera foi condenado a mais de 20 anos de prisão por crime de corrupção passiva.
Ainda no ano passado, Duque, que é considerado pelos investigadores o principal operador do PT no esquema, afirmou em depoimento ao juiz Sergio Moro que estaria propenso a delatar. Segundo investigações, o ex-diretor teria posse de um conjunto de provas documentais que reforçariam o elo entre o PT, os repasses da Odebrecht e os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff.
Seguindo o exemplo do ex-ministro Antonio Palocci, que realizou uma delação a Polícia Federal na semana passada, o acordo de Renato Duque ainda deverá ser submetido à homologação de Moro.
A partir do momento que a Segunda Turma do Supremo Tribunal de Justiça retirou do juiz Sergio Moro trechos da delação Odebrecht que citam o ex-presidente Lula, as confissões de Renato Duque poderão ser úteis as investigações em Curitiba.