Na conversa com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, o presidente Jair Bolsonaro deve tratar desde as relações entre o Brasil e os Estados Unidos (EUA), assim como de preocupações com a Venezuela, Nicarágua e Cuba. Segundo Pompeo, esta era a pauta da reunião com Bolsonaro. A previsão é que os Estados Unidos, o Chile e Israel sejam os primeiros países visitados pelo presidente.
Ontem (1º), Pompeo elogiou Bolsonaro e destacou a relevância do Brasil no cenário internacional. “Desejando ao recém-empossado presidente do Brasil, @jairbolsonaro, calorosas felicitações do povo dos Estados Unidos”, disse o secretário de Estado em sua conta no Twitter.
O secretário de Estado, ao chegar a Brasília, ressaltou sua satisfação em “testemunhar a transferência pacífica de poder em uma das democracias mais fortes da América Latina”. Nas redes sociais, postou uma foto ao lado de Bolsonaro já com a faixa presidencial, no Palácio do Planalto.
A Venezuela é foco de tensão com os Estados Unidos e de críticas de Bolsonaro. O presidente norte-americano, Donald Trump, e o brasileiro consideram o governo de Nicolás Maduro uma ditadura. A crise que atinge o país afeta não só a área política, mas também a econômica e social. Milhares de venezuelanos deixam suas cidades rumo a outros países.
Na Nicarágua, a crise se estende desde abril, quando eclodiram protestos em todo o país contra o presidente Daniel Ortega, a favor da liberdade política e de expressão, assim como reivindicações na área econômica. Os manifestantes foram duramente reprimidos. Organização internacionais denunciam assassinatos, torturas e prisões ilegais.
Cuba e os Estados Unidos têm uma relação tensa desde a revolução socialista cubana em 1959. A partir de 1960, o governo norte-americano impôs rígido embargo comercial, econômico e financeiro a Cuba. A sociedade cubana vive com restrições para compras e comércio. Há um fluxo intenso de imigrantes, principalmente para os Estados Unidos.
Recentemente, Bolsonaro fez severas críticas à presença de profissionais cubanos no programa Mais Médicos. Houve o rompimento de acordo com Cuba e profissionais do país retornaram. Para as vagas ocupadas por eles, o Ministério da Saúde fez seleção.
O ministro Ernesto Araújo também terá agenda intensa. Além das reuniões com o presidente da República e representantes estrangeiros, está prevista uma série de conversas com chanceleres e enviados especiais de vários países.
Araújo terá conversas com os ministros das Relações Exteriores Manuel Domingos Augusto (Angola), Jacek Caputowicz (Polônia) e Maliki Osman (Cingapura), além dos enviados especiais Jeon Hae-cheol (Coreia do Sul), Yasuaki Yamaguchi (Japão) e Omar Alghabra (Canadá), assim como a ministra da Segurança Alimentar dos Emirados Árabes Unidos, Mariam al-Mehairi.
A cerimônia de transmissão de cargo do chanceler está marcada para as 18h.