Aprovar a Previdência não é dar mais poder a Bolsonaro em 2022, diz Maia

Segundo o presidente da Câmara, ''todo mundo fica mais forte com a aprovação da Previdência''
Estadão Conteúdo
Publicado em 08/04/2019 às 19:37
Segundo o presidente da Câmara, ''todo mundo fica mais forte com a aprovação da Previdência'' Foto: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse não ver, no Congresso, uma preocupação com um possível fortalecimento de Jair Bolsonaro com a aprovação da Nova Previdência. Maia foi questionado se a PEC poderia impulsionar a reeleição de Bolsonaro em 2022, caso traga uma melhora expressiva para economia brasileira, e se isso faria com que parlamentares quisessem segurar a medida. Ele disse não ver problema em fortalecer o presidente. "Acho que todo mundo fica forte com a aprovação da Previdência", disse. Ele afirmou que, com a economia fortalecida, os parlamentares terão mais espaço no debate, principalmente sobre o Orçamento e, com isso, poderão fortalecer suas bases.

"Agora, se ele aprovar a reforma, o Brasil crescer, gerar emprego e a capacidade de investimento. Foi um bom presidente, merece ser reeleito. Por que não? O sistema é feito basicamente para o presidente ser reeleito", afirmou Maia.

Maia participa nesta segunda-feira (8) de um evento em Brasília realizado pelos jornais O Globo e Valor, na companhia do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Nova Previdência

Um pouco antes das falas de Maia sobre 2022, Guedes afirmou sobre a Nova Previdência que prefere "estar aproximadamente na direção certa do que com muita precisão para o lado errado". O ministro ressaltou que não está interessado em fazer uma reforma light. "Não quero abrir porta para gerações futuras (sobre cálculos suaves). Se você acha que pode seguir fazendo pequenos remendos, está condenado à mediocridade", disse.

"Quem acha que reforma de impacto de R$ 500 bilhões ou R$ 600 bilhões tudo bem está errado. Se eu já conseguir uma potência de R$ 1 trilhão em 10 anos já está resolvido", disse. Guedes disse que ainda acha que reforma pode ser aprovada no primeiro semestre. Ele voltou a dizer que há muitas "bombas no sistema atual", como a questão demográfica, encargos trabalhistas e o problema de não se levar recursos para o futuro.

Maia brincou com o ministro e disse que ele "está sendo um grande articulador político". Guedes afirmou que ministro da Fazenda aplaudido na avenida defendendo reforma da Previdência é algo incompreensível. "As pessoas estão começando a entender a reforma, essa reforma deixa uma porta aberta para o futuro", disse. "Sincronização de Estados, municípios e União nos dá possibilidade de atacar reforma da Previdência".

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