Atualizada às 17h58
Apesar da expectativa, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) saiu do Recife anunciando um acréscimo de R$ 4 bilhões ao Fundo Constitucional do Nordeste (FNE), mas não foi poupado de críticas dos governadores da região. O FNE é um dos três fundos constitucionais criados para implementar a política de desenvolvimento entre áreas do País. Agora, o Plano segue para o Congresso Nacional. O FNE é um dos três fundos constitucionais criados para implementar a política de desenvolvimento entre áreas do País.
Para conseguir o apoio dos gestores estaduais, que almejam a aprovação do Plano, Bolsonaro fez um apelo para que os governadores, majoritariamente de oposição, apoiem o projeto de reforma da Previdência enviado ao Congresso. "Faço um apelo aos senhores governadores do Nordeste. Temos um desafio que não é meu, mas também dos senhores, independente da questão partidária, que é a reforma da Previdência, sem a qual não podemos sonhar em colocar em prática parte do que estamos tratando aqui", disse o presidente.
No fim, quando o questionado sobre o balanço da reunião com os governadores no Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), o presidente se limitou a responder: "Primeira vez, espero que tenha mais. Toda primeira vez é muito bom. Eu tô muito feliz com essa reunião daqui".
A reunião aconteceu na manhã desta sexta-feira (24) no Instituto Ricardo Brennand, complexo cultural da Capital Pernambucana, localizado no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife.
De passagem pelo Nordeste pela primeira vez neste mandato, o presidente alegou que ainda não tem nova data prevista para visitar a Região. "Eu ia voltar depois de 6 de setembro, mas não deu. Eu não sei. A agenda é muito grande. O mundo todo. Vou estar na Argentina no começo do mês que vem agora", explicou.
O governo federal ainda não explicou o custo e nem de onde deve tirar recursos para colocar em prática o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE). O Ministro da Pasta de Desenvolvimento Regional, Marcelo Canuto, que acompanha o presidente nesta primeira viagem ao Nordeste, explicou que os recursos relacionados ao Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), que devem receber um acréscimo de R$ 4 bilhões de reais, virá de retorno de outros investimentos.
"Os recursos são retorno dos investimentos. O FNE faz financiamento, então com isso, o banco do Nordeste fez uma revisão com uma estimativa, esse valor está voltando dos financiamentos que foram feitos. Ou seja, menor inadimplência, pagamento em dia, trouxe uma estimativa maior para os investimentos", pontua o auxiliar, que ressaltou que o orçamento do fundo passará de R$ 23,7 para 27,7 bilhões.