Em uma carta aberta divulgada hoje, mais de 40 grupos de liberdade de imprensa e liberdades civis condenaram as acusações de crime cibernético contra o jornalista vencedor do Prêmio Pulitzer Glenn Greenwald. As entidades internacionais exigem que as autoridades brasileiras retirem as acusações imediatamente.
Na terça-feira (21) o Ministério Público Federal (MPF) do Distrito Federal denunciou o jornalista do The Intercept Brasil Glenn Greenwald e outras seis pessoas por crimes relacionados à invasão de celulares de autoridades brasileiras.
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A carta foi organizada pela Fundação Liberdade de Imprensa e Repórteres Sem Fronteiras e inclui membros proeminentes das organizações de direitos humanos, liberdades civis e liberdade de imprensa do Brasil e do mundo. O Comitê para a Proteção de Jornalistas, ACLU, Human Rights Watch, Comitê de Repórteres pela Liberdade de Imprensa, Electronic Frontier Foundation e outras entidades se uniram para protestar contra as ações do governo brasileiro.
O presidente brasileiro Jair Bolsonaro chegou a ironizar o jornalista ao comentar a acusação do MPF contra ele.
"Essas acusações representam uma tentativa direta de intimidar e retaliar Greenwald e o The Intercept Brasil por seus relatórios críticos", afirma a coalizão. Na avaliação dos ativistas, as implicações das ações no Brasil vão muito além de Greenwald e outros jornalistas do The Intercept Brasil. Segundo o grupo, a ameaça à imprensa livre no Brasil, incluindo a mídia nacional e internacional, é profunda.