O secretário de Administração do Estado, Milton Coelho, acusou o Sindicato dos Policias Civis (Sinpol) de fazer uso político da paralisação prevista para iniciar neste sábado (6), em pleno Carnaval. A categoria decretou a greve em assembleia realizada na noite dessa terça (2).
Segundo Milton Coelho, o principal ponto questionado pelos policiais civis, o envio de um plano de cargos para a Assembleia, será feita até o dia 15. "Chegamos a um acordo agora no final do ano e todos os pontos do acordo foram cumpridos. O ponto reclamado, o plano de cargos dos policiais civis, ficou de ser remetido o projeto para a Assembleia agora na abertura do ano legislativo, que começou dia 1º e só teve uma solenidade na Assembleia. Nós vamos remeter o plano até o dia 15, conforme foi acordado com o Sinpol e colocado em documento. Além do mais, é importante ressaltar que os efeitos dessa alteração do plano só se dará em abril", disse o secretário em entrevista à Rádio Jornal, na manhça desta quarta (3).
"Essa decretação de greve é muito mais um ato político. Ela reflete uma atitude de chantagem da direção do sindicado, notadamente do seu presidente, com a população de Pernambuco e não com o governo do Estado apenas. É utilizando a população às vésperas da maior festa popular do Brasil, que é o carnaval de Pernambuco, para tirar vantagem de natureza política", acrescentou Coelho.
O secretário acusou, ainda, o PSOL, partido de oposição ao governo, de estar por trás do movimento grevista. "O diretor jurídico do sindicato, Josualdo, que falou na assembleia muito mais do que o próprio presidente, é candidato a prefeito de Olinda pelo PSOL. A gente sabe também que esse mesmo partido vai ter candidato a prefeito aqui no Recife, que já alardeia isso a todo tempo. É preciso que a população tome conhecimento dessas coisas para que balize a sua opinião e saiba com que tipo de representação ela está lidando", completou Coelho.