A justificativa é quase unânime. Questionados sobre os motivos que os levaram a destinar parte das emendas para viabilização de shows, os deputados estaduais alegam que utilizaram como critério a demanda das suas bases eleitorais. Deputado que mais utilizou sua cota para apresentações artísticas, Clodoaldo Magalhães (PSB) alegou que sua escolha se deu por solicitações dos prefeitos que fazem parte do seu grupo político. “A gente é demandado de acordo com a necessidade. Eu não prefiro destinar pra esta área! No ano passado eu destinei 100% dos recursos para educação”, explicou.
O deputado João Fernando Coutinho (PSB) explicou que a demanda surgiu porque nos últimos anos a contribuição do governo do estado para esta área foi reduzida. Ainda segundo ele, com a queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) os municípios têm demandado ainda mais a colaboração dos parlamentares.
Autor de quatro emendas, o deputado André Campos (PSB) negou interesse eleitoral na viabilização dos recursos para shows. Duas das sugestões dele foram enviadas para o município de Altinho. “Eu não tenho nem dez votos em Altinho, não sei nem quem é o prefeito!”, afirmou.
O deputado Vinícius Labanca (PSB), que destinou R$ 314 mil para shows no Bloco das Virgens, em Olinda, disse que o importante é que o evento é aberto ao público. “O dinheiro público não é só pra fazer obra e para investir em educação e saúde, mas também em diversão”, justificou.
Responsável por duas emendas, o deputado Rodrigo Novaes (PSD) negou que a iniciativa tenha conotação eleitoral. “Todos os anos a gente faz isso. O governo do estado tem recursos para os principais eventos, mas para o Distrito dos Grossos não tinha recurso. É um lugar que a gente tem atuação e achava importante fazer uma festa com uma atração de mais importância”, disse.