Governador diz que viu avanço de Dilma Rousseff sobre Arco Metropolitano

Pessoas ligadas ao governador Paulo Câmara (PSB) criticaram as declarações da presidente Dilma Rousseff (PT) sobre o Arco Metropolitano na última quarta-feira em Goiana, na Mata, mas o socialista afirmou que ficou satisfeito com o discurso da petista. "Ela já tinha nos avisado que antes do anúncio fiscal não poderia garantir nada novo, então o anúncio do desdobramento do Arco é um pouco de avanço porque não está esperando a aprovação do ajuste fiscal e já está sinalizando que vai, de uma maneira diferente do estava inicialmente pactuado, querer resolver essa questão para nós que é importante", afirmou.

Durante sua passagem por Pernambuco, onde esteve para participar da inauguração da fábrica da Jeep, Dilma disse que poderia colocar um dos trechos do Arco Metropolitano no programa de concessões. "O Arco Metropolitano foi um anúncio importante de desobramento, mas a gente precisa ver esse novo formato. Não é o que estava desenhado desde o início, quando se pensou em fazer uma concessão do Arco como um todo, nem na segunda etapa quando a obra seria toda federal. Então é uma etapa agora com uma etapa federal e outra de concessão. Isso precisa ser melhor estudado. Ela vai enviar representantes para conversar conosco pra gente chegar a um melhor formato em relação a esse processo de concessão", falou o governador.

Questionado sobre as contas do Estado, para pagamento de pessoal e realização de obras, Paulo ressaltou que o Brasil e Pernambuco vivem um momento econômico de dificuldades. "Não é singelo, não é simples administrar. Em três meses do meu governo, foram 30 mil postos de trabalho fechados em nosso estado por questões relativas à paralisação das obras da refinaria, à entressafra da cana. Temos que correr atrás do tempo perdido para melhorar a vida do nosso povo", disse.

As declarações do governador foram dadas logo após ele participar da abertura do Todos por Pernambuco no Centro de Convenções, em Olinda. No local, ele enfrentou protestos dos professores em greve e de um grupo que reivindicava habitação para famílias de baixa renda.