Ettore Labanca deve renunciar e assumir a Arpe

O nome do prefeito de São Lourenço da Mata está na roda quando o assunto é quem será o nome presidente do órgão
Carolina Albuquerque
Publicado em 15/06/2015 às 6:05
O nome do prefeito de São Lourenço da Mata está na roda quando o assunto é quem será o nome presidente do órgão Foto: JC Imagem


O governador Paulo Câmara (PSB) quer bater o martelo sobre o nome a assumir a presidência da Agência Reguladora de Pernambuco (Arpe) até o final desta semana. Com a saída de Roldão Joaquim, o cargo está em vacância desde abril.

Um quadro político que foi inflamado à ocupar o posto, nos bastidores, foi o atual prefeito de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca (PSB). Sem pretensão de se candidatar em 2016, quando termina os oito anos de mandato, ele já teria sinalizado que renunciaria o cargo eletivo para assumir a missão. 

Paulo Câmara está decidido que o nome tem que sair do PSB, segundo fonte palaciana. O posto é estratégico para a gestão socialista. A Arpe é o órgão responsável por fiscalizar e regular a execução dos contratos de Parcerias Público Privadas e com as Organizações Sociais, que hoje administram a grande maioria das unidades de saúde do estado. Seja qual foi o escolhido, é preciso que o nome seja submetido a uma sabatina na Assembleia Legislativa.

Logo que Roldão Joaquim deixou o cargo, especulou-se nos bastidores que a vaga iria para o PDT, partido que caminhou rachado nas eleições de 2014. O nome do ex-secretário da Prefeitura do Recife, Wellington Batista (PDT), ligado ao prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), chegou a ser ventilado, mas não durou. 

A transição da presidência da Arpe não foi tranquila, porém. A dias de deixar o posto, Roldão convocou uma entrevista coletiva para criticar o esvaziamento e sucateamento do órgão. Segundo ele, várias atribuições foram retiradas e houve pouco esforço do governo em investir na estrutura e qualificação.

O ex-presidente só confirmou o que o julgamento das contas, por parte do Tribunal de Contas (TCE), da Arpe apontava há anos. Segundo relatórios produzidos pelos auditores do TCE, os cargos vinham sendo ocupados por comissionados, não havia concurso público. Ettore foi procurado pelo JC, mas sem sucesso. 

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