Documentos, HDs e notebooks foram apreendidos pela Polícia Federal nas casas do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) e do deputado federal Eduardo da Fonte (PP), ambas no Recife, e na Refinaria Abreu e Lima, no Porto de Suape, durante o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão de uma nova fase da Operação Lava Jato em Pernambuco. Os dois parlamentares são acusados de receber dinheiro desviado da Petrobras.
A ação, parte da Operação Politeia, também apreendeu dinheiro em moeda nacional, euros e dólares, nos locais. O material será enviado para Brasília, onde será feita a perícia técnica e análise.
Além da residência dos parlamentares, a Polícia Federal esteve em duas empresas ligadas aos acusados, na casa de um sócio de Eduardo da Fonte e de dois outros empresários pernambucanos não identificados, que moram em Boa Viagem e em Casa Amarela.
Na Refinaria Abreu e Lima, a Polícia Federal esteve em um escritório do consórcio C2, em Ipojuca.
Ao todo, 48 policiais federais e oito procuradores da República atuaram na operação em Pernambuco.
A Operação Politeia também está sendo realizada no Distrito Federal e nos estados da Bahia, Alagoas, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo.
Em Brasília, a Polícia Federal também esteve nos apartamentos de Eduardo da Fonte e Fernando Bezerra Coelho, segundo informações do repórter Romoaldo de Souza, da Rádio Jornal.
Foram expedidos 53 mandados pelos ministos Teori Zawascki, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski do Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo seria evitar que provas importantes fossem destruídas.
Os mandados foram baseados em processos instaurados a partir de provas obtidas na Operação Lava Jato.
Por meio de nota, o senador Fernando Bezerra Coelho se colocou à disposição para colaborar com as investigações e fornecer todas as informações demandadas "inclusive, de documentos que poderiam ter sido solicitados diretamente ao senador, sem qualquer constrangimento".
O senador do PSB também afirmou que aguarda o momento do seu depoimento e reiterou a confiança no pleno esclarecimento dos fatos. A nota foi divulgada através de um escritório de advocacia criminal.
O deputado Eduardo da Fonte ainda não se pronunciou sobre a operação.