A Operação Catilinária da Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em três cidades pernambucanas, na manhã desta terça-feira (15). O escritório político do senador Fernando Bezerra Coleho (PSB) foi alvo de uma das buscas, na cidade de Petrolina, no Sertão.
No Recife, foram apreendidos documentos e um valor em dinheiro, ainda não divulgado, na loja de presentes Grillo, no bairro da Imbiribeira. Já na cidade de Brejão, foram feitas buscas na Fazenda Esperança, que abriga a empresa Agropecuárua Nossa Senhora do Nazaré LTDA.
As duas empresas seriam do ex-presidente da Copergás, Aldo Guedes, que foi citado por um delator da Operação Lava Jato como negociante de uma propina de R$ 20 milhões. O dinheiro, segundo o ex-presidente da Camargo Correa, Dalton dos Santos Avancini, seria para abastecer o caixa dois a campanha do ex-governador Eduardo Campos, falecido em agosto de 2014.
Até o momento, não há nenhum inquérito aberto contra Aldo Guedes na Lava Jato. O empresário, que também era sócio de Eduardo Campos, tem o nome citado no inquérito que investiga a possível participação de Fernando Bezerra no esquema de corrupção.
Um quarto mandado de busca foi suspenso. Todos foram emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A PF não informou quem seria o alvo.
"Nós estamos indo em várias localidades onde há a suspeita de envolvimento de políticos, de empresários e de advogados. Tudo isso é originário de sete inquéritos desmembrados dentro da Operação Lava Jato. Nós estamos colhendo provas, principalmente documentos e mídias de computador para subsidiar essas investigações e até evitar que essas pessoas possam destruir as provas", disse o chefe da comunicação da PF em Pernambuco, Giovani Santoro.
O balanço do material apreendido será divulgado pela PF à tarde. Todo o material apreendido será necaminhado para Brasília, onde será periciado.