Uma ação de improbidade administrativa ajuizada em 2009 pelo Ministério Público Estadual (MPPE) contra nove vereadores de Ipojuca (Litoral Sul) daquela época resultou agora, sete anos depois, na condenação dos acusados. Segundo o MPPE, eles loteavam cargos temporários e comissionados no governo municipal em troca de apoio político ao então prefeito, Pedro Serafim de Souza Filho. Agora terão direitos políticos suspensos por três anos, perda de função pública, não poderão ter contrato ou receber benefício do governo e ainda terão que pagar multa equivalente a 20 vezes o valor da remuneração recebida.
Os condenados são Amaro Alves da Silva, Carlos Antônio Guedes Monteiro, Elias José da Silva, Fernando Antônio de Oliveira, Gilson José Ribeiro, José Alves Bezerra Júnior, Odimeres José da Silva, Paulo Agostinho Lins e Válter José Pimentel. Um deles estaria cumprindo novo mandato.
Julgada improcedente em primeira instância, a ação foi acatada por unanimidade na 1ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça, terça-feira, após apelação da promotoria. De acordo com o MPPE, investigações mostraram que “só tinham oportunidade nas contratações temporárias e cargos comissionados os apadrinhados políticos dos vereadores”.
Para Roberto Brayner, promotor eleitoral que iniciou as investigações na época, o resultado conquistado agora é exemplo da atuação articulada entre diferentes setores do MPPE no combate à corrupção. O JC tentou, mas não localizou os acusados.