O governador Paulo Câmara (PSB) afirmou, na manhã desta quinta-feira (12), de que o rompimento do seu governo com o DEM e o PSDB não deverá afetar a relação institucional do governo com os dois ministros penambucanos das legendas. Mendonça Filho (DEM) será nomeado para a pasta da educação, enquanto Bruno Araújo (PSDB) assumirá o ministério das Cidades. No ministério de Michel Temer há, ainda, raul Jungmann (PPS) no ministério da Defesa e Fernando Bezerra Filho (PSB) é cotado para a Integração Nacional.
"A gente sabe muito bem da responsabilidade dos ministros pernambucanos. São pessoas que pensam o nosso Estado, que nos conhecem. E que sabem que questões politicas pontuais não vão interferir em um Pernambuco melhor que eles desejam. Vou dar todo o apoio necessário dentro das minhas limitações para que o trabalho dos ministros pernambucamos tenham êxito. Eles podem ter cetreza do nosso apoio irrestrito para melhorar irrestrito para melhorar e para ajudar o Brasil a sair dessa crise", afirmou o governador.
Ainda sobre o rompimento com as legendas, o governador afirmou que não deverá afetar a força política da Frente Popular. "Não, porque a Frente Popular tem um pensamento, tem um caminho. E a gente não pode trabalhar apenas com questões pontuais. A gente tem que trabalhar olhando o futuro. A gente sabe e gostaríamos de ter uma Frente ampla, a mesma Frente de 2014 sendo repetida em 2016", disse. Também pela manhã, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), deu declaração semelhante.
"Vamos trabalhar pela unicidade das pessoas que acreditam na nossa de trabalhar, de pensar, de gerir. Então, eu estou muito bem consciente do meu papel de governar Pernambuco, conversando com todas as forças políticas, mas a gente também tem que saber que a gente precisa acreditar na nossa força e acreditar na nossa forma de pensar", acresentou o governador.
Paulo Câmara disse, ainda, que espera o destravamento de obras federais com o novo governo, especialmente nas pastas comandadas pelos pernambucanos. "O Ministério das Cidades tem uma capilaridade muito grande, tem um programa importante que o Minha Casa, Minha Vida, que ajuda muito na questão do emprego e da melhoria das condições de vida das pessoas, mas também tem obras estruturadoras, obras necessárias, principalmente para a saúde pública, como o saneamento básico. Isso tudo reflete uma responsabilidade também muito grande no ministro Bruno que vai também com sua experiência e seu olhar para Pernambuco e para o Nordeste e ter condições de dar respostas para o desenvolvimento regional da nossa região", declarou.
Sobre a possível indicação de Fernando Bezerra Filho (PSB) para o ministério, Paulo Câmara reiterou que o PSB definiu, em reunião da Executiva Nacional, que não indicará nomes para o grupo. "O PSB fechou questão na Executiva Nacional de não indicar nomes nem chancelar nomes. Isso já foi publicado. caso hoje algum convite a algum filiado do PSB, vai entrar na cota pessoal do presidente Temer", afirmou.
Sobre um possível desconforto na situação, Paulo Câmara disse queo assunto deverá ser levado à Executiva Nacional. "Criar desconforto, cria. Punição, cabe à Executiva Nacional se pronunciar. Evidentemente, como filiado ao partido, eu respeito as decisões do partido. É importante que todos os filiados também respeitem", disse.
IMPEACHMENT
Paulo Câmara também comentou o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) do poder. "Completou uma etapa com a admissibilidade do processo no Senado. Cabe agora ao Senado julgar o mérito do afastamento da presidente Dilma. A gente espera agora do novo presidente que está assumindo que ele possa realmente dar respostas que a sociedade quer, respostas que façam o Brasil voltar a andar em termos de geração geração de emprego, de desenvolvimento, de melhoria da confiança. Isso é fundamental. A gente está sofrendo um processo que se extendeu por muito tempo e agora é importantes termos respostas claras e concretas que aumentem a confiança e a expectativa, e que os Estados e municípios tenham também em relação às políticas federais um olhar diferenciado porque nós também estamos enfrentando uma crise sem prededentes que vai precisar da união de esforços muito grande", disse.