O ex-presidente Lula (PT) voltou a criticar a política de corte de gastos anunciada pelo presidente Michel Temer (PMDB), que prevê um limite de investimentos nos próximos vinte anos. Para o petista, o País só voltará a crescer na hora em que fizer investimentos em infraestrutura, gerando empregos.
Lula citou ações que ele fez, como o aumento da dívida do País em troca de investimentos e citou que o mesmo modelo foi seguido pelos Estados Unidos, para incentivar a economia. O ex-presidente também falou sobre a mapliação do poder de compra da população mais pobre do Brasil.
"Na hora que o pobre comprar um danoninho a mais, um chinelinho pro filho, um quilo de carne a mais, acabou o problema dese País. O problema é político. Acha que o problema é no Banco Centarl? Que o (Henrique) Meirelles (ministro da Fazenda) vai resolver? Só com o aumento do consumo. Se eu fosse governo, teria aumentado o endividamento para aumentar os investimentos. Se tá ruim e vai cortando, não muda a relação com o PIB. Não é possível imaginar que quando falar em cortar gasto, é cortar gasto e salário. Não é possivel que melhorar a educação sem contratar professor, saúde sem contratar médico e construir hospital. Que bobagem é essa de cortar gastos por 20 anos? Quero ver o Temer falar pra mulher dele que vai cortar a mesada dela por 20 anos", disse o ex-presidente em entrevista exclusiva à Rádio Jornal, na manhã desta sexta-feira (22).
Lula afirmou, ainda, que não pretende deixar o País se houver uma iminência dele ser preso. Há um rumor de que o petista possa ir para a Itália. "O único país do mundo que eu pederia asilo seria Garanhuns. Ia pedir meu passaporte em Caetés e ficar por ali. É uma bobagem imensa, jamais sairiei do Brasil. Não há razão para uma condenção, a não ser o boato de evitar que Lula vai srer candidato em 2018", disse.
O ex-presidente reafirmou sua intenção de concorrer à presidência novamente em 2018. "Não sei se é boato ou se estão me incentivando a ser", declarou.
Voltando a falar de economia, Lula afirmou que um País, para voltar a crescer, precisa de dois elementos principais: a crebilibilidade do governante e a previsibilidade da economia. "Se tiver isso, o Brasil vai para a frente", afirmou.
"Quando quis ser presidente pela primera vez, se eu ouvisse só os economistas, eu não seria candidato. Eu criei uma nova classe de consumidores no Páis, apostei minha ficha em melhorar a vida do pobre. Quando as pessoas começam a produzr, gerar emprego, salário, consumo, é assim que se faz", disse Lula.
Lula falou também nos investimentos atraídos para o Nordeste durante o seu governo. "Eu duvido que tenha um empresário em Pernambuco e no Ceará que deixou de ganhar dinheiro no meu governo. Eu queria que o trabalhador gnahasse e ele só ganha se o patrão dele ganhar", disse Lula. "Eu fiz aqui em Pernambuco em oito anos o que não foi feito em 200 anos, isso foi no Nordeste inteiro. Eu queria que o Nordeste fosse igaul a São Paulo. Provei que era possível. Incluí os pobres no consumo e vamos outra vez incluir os pobres", acrescentou o ex-presidente.
Confira a entrevista: