Justiça e Ministério Público disciplinam campanha de rua em Ipojuca

Candidatos a prefeito têm que evitar fazer mobilização num mesmo local e horário, para inibir conflito entre militâncias
Da editoria de Política
Publicado em 20/02/2017 às 22:33
Candidatos a prefeito têm que evitar fazer mobilização num mesmo local e horário, para inibir conflito entre militâncias Foto: Mariana Araújo/JC Imagem


Para evitar conflito entre militâncias na campanha das eleições suplementares de Ipojuca, as mobilizações de rua dos candidatos não devem coincidir local nem hora. A definição foi acordada em reunião, nesta segunda-feira (20/2), promovida pelo juiz da 16ª Zona Eleitoral, Eduardo José Loureiro Burichel, o Ministério Público Estadual, e as coligações que disputam os cargos de prefeito e vice. “Os candidatos também devem informar previamente o roteiro e o local das carreatas e caminhadas”, informa o promotor Rinaldo Jorge da Silva.

O roteiro será repassado às polícias civil e militar, como também à guarda municipal. “No passado, numa outra eleição, um militante chegou a cair da carroceria de um caminhão”, lembra o promotor, que deseja garantir segurança à disputa e evitar acidentes também. 

Ao encontro desta segunda( 20/02) compareceram representantes dos candidatos Carlos Santana (PSDB), Célia Sales (PTB) e Olavo Aguiar (PMN). Fabiana Cristine (Psol) não enviou representação. Há parecer do Ministério Público defendendo a impugnação da candidatura dela. Além de Fabiana não ter prestado contas da campanha de 2014, quando concorreu a deputada estadual, o Psol não apresentou a ata da convenção com os filiados presentes ao evento que confirmou a candidatura dela. As duas faltas impedem que a postulante e o parido estejam aptos a participar da disputa.

A campanha de rua nas eleições suplementares de Ipojuca já começou e é mais longa. São 53 dias, oito a mais que os 45 permitidos nas eleições de outubro de 2016. A partir do dia 13 de março será iniciado o programa de rádio. O sorteio dos horários está programado para o próximo dia 8. 

Na reunião deste segunda, o promotor Rinaldo Jorge da Silva alertou as coligações para não repetirem irregularidades constatadas no pleito do ano passado. Os erros mais frequentes, conforme o representante do MPPE, foram adesivos com tamanho acima do definido pela legislação, justaposição de cartazes que ganhavam conotação de out-door, elemento proibido pela Lei Eleitoral. Outra falha constatada foi a falta de CNPJ nesse tipo de material.

Promotor quer evitar uso da máquina pública nas eleições de Ipojuca

Na última sexta-feira (17/02), o promotor Rinaldo Jorge emitiu uma recomendação ao prefeito interino do município, o vereador eleito Ricardo José de Souza (Irmão Ricardo), do PTC, pedindo que ele informe em dez dias a relação de pessoas empregadas em cargos comissionados e por meio de contratos terceirizados. O objetivo é acompanhar o governo provisório, verificando se a máquina está sendo inchada e usada para a campanha eleitoral. Dias antes, o promotor já havia solicitado a lista de veículos à disposição do poder executivo e que a prefeitura adesivasse todos eles, tornando mais fácil a identificação da frota pela sociedade. A medida também é uma ação preventiva contra a utilização dos carros oficiais na campanha. 

 

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