Com os recursos da União suspensos desde julho de 2016, o governo do Estado ainda não tem uma data precisa para retomar o projeto da navegabilidade. Sob auditoria do TCU, a obra fica travada. Apesar de estar na mira do governador Paulo Câmara (PSB) concluir empreendimentos de mobilidade deixados pelos antecessores, o Rios da Gente, por enquanto, segue como cantilena de promessa e prazos não cumpridos.
Tanto a Secretaria quanto o Ministério das Cidades responderam aos questionamentos da reportagem por meio de notas.
Sobre as irregularidades apontadas pelo TCU, a Secid rebate e afirma que não houve preços excessivos, nem projeto deficiente de dragagem. Segundo a pasta, a paralisação das obras – outro ponto questionado pela Corte de Contas – aconteceu por causa do abandono da empresa contratada. A secretaria diz que foi iniciado processo administrativo contra companhia.
Foram empregados na dragagem R$ 75,5 milhões com recursos do Ministério das Cidades, fruto de um termo de compromisso. E a obra não foi 100% finalizada, só 97,5% dela. Técnicos do TCE que estão à frente da auditoria alertam para o desperdício do serviço de dragagem, que pode ter se perdido pela descontinuidade.
Quanto à retomada das estações, o governo do Estado informou que projeto será dividido em duas etapas. Primeiro, está o processo de contratação de nova empresa para requalificar o projeto e o orçamento dos pontos. Em seguida, novo grupo será contratado para executar as obras.