Um dia após a divulgação do balanço de 2017 do Governo de Pernambuco, o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) afirmou que o déficit de R$ 292,2 milhões corroboram com as críticas da oposição a gestão do governador Paulo Câmara (PSB).
"Em primeiro lugar, eu acho que os números que estão sendo publicados no balanço do estado em 2017 só vem comprovar o que a gente já colocava nas nossas críticas à administração estadual. O ajuste fiscal que Pernambuco promoveu foi o pior ajuste fiscal de toda a federação brasileira. Pernambuco realmente não se deu bem nesses últimos três anos do ponto de vista do controle das suas contas públicas", disparou o senador, durante o Programa Passando a Limpo da Rádio Jornal nesta quarta-feira (31)
O Estado saiu de um superávit primário de R$ 777,4 milhões, em 2016, para o déficit de R$ 292,2 milhões no ano passado. O resultado negativo já era esperado, mas ficou acima do projetado (R$ 255,9 milhões). Quando se analisa o resultado orçamentário (incluindo o pagamento de juros e amortizações da dívida), o déficit alcança R$ 972,9 milhões.
O crescimento do déficit no pagamento das aposentadorias dos servidores de Pernambuco contribuiu para inflar as despesas de pessoal no ano passado. Enquanto em 2016 o saldo negativo entre receita e despesa previdenciária fechou em R$ 2,098 bilhões, em 2017 subiu para R$ 2,492 bilhões. Esse incremento de 18,7% do déficit (R$ 394 milhões), no intervalo de apenas um ano, acende o alerta para uma tendência de aumento no número de servidores inativos no Estado. Hoje são 101,9 mil servidores contribuindo para a Previdência, contra 89 mil inativos.
Fernando Bezerra acusou o governo estadual de se comportar como se o problema na Previdência fosse federal. "Isso é mero oportunismo politico, é preciso encarar essa discussão sobre equilíbrio das contas e é preciso discutir de forma aberta, de forma serena, de forma transparente a questão da Previdência Social brasileira, porque nós estamos enfrentando reais dificuldades do ponto de vista de termos condições de manter as contas equilibradas", disse o peemedebista.
Após o segundo ato do "Pernambuco Quer Mudar", realizado no último sábado (27) em Petrolina, que deu sinais de uma disputa interna entre os senadores Fernando Bezerra Coelho (PMDB) e Armando Monteiro (PTB) para serem o candidato ao governo estadual, FBC voltou a afirmar que ainda é cedo para definir o número de palanques da oposição. "Agora, não está claro ainda, porque ainda estamos distantes do momento eleitoral, do momento de pedir o voto, qual será a cara da oposição
Segundo o senador, a estratégia sobre a formação de uma ou mais candidaturas ao Governo de Pernambuco depende de uma série de fatores, incluindo questões locais, como a possibilidade de alianças entre PSB e PT, como questões nacional, como as candidaturas para as eleições presidenciais dos partidos que formam a frente: PSDB, DEM, PTB, PRTB, PRB, PV e Podemos.
"Esse bloco vai com uma única candidatura presidencial ou vai ter duas candidaturas presidenciais? A partir daí poderemos ter ou não uma ou duas candidaturas aqui em Pernambuco Por enquanto, tem muitas interrogações, muitas indefinições e só o tempo vai se encarregar de dar a melhor resposta", avaliou o senador.