O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, se manifestou pela primeira vez nesta segunda-feira (27) a respeito dos protestos a favor do governo do presidente Jair Bolsonaro, que aconteceram por todo o País neste domingo (26). Perguntado sobre o assunto durante evento de homenagem ao padre Antônio Henrique Pereira Neto, sequestrado, torturado e assassinado há 50 anos no Recife, Paulo disse que as manifestações "fazem parte da democracia", apesar de "não concordar" com "muito do que se está passando no Brasil".
"Manifestações fazem parte da democracia. Então, a gente tem que sempre avaliar dessa forma evidentemente esse tipo de manifestação é bom ouvir, é bom tirar os exemplos e seguir em frente buscando olhar o Brasil que a gente quer", disse o governador.
"Evidentemente muito do que se está passando no Brasil a gente não concorda. Então, a gente tem que ouvir as ruas também, seja as manifestações como que já ocorreram dentro dos cortes das universidades, dentro do que a educação representa para o futuro, como as de ontem também que tiveram críticas as classes políticas, ao Congresso e outras ações", completou.
Segundo os organizadores, havia 100 mil pessoas no ato que iniciou na Avenida Boa Viagem, Zona Sul do Recife. A Polícia Militar não divulgou estimativa. Participaram do ato, além de manifestantes espontâneos, os grupos Liberta Pernambuco, Direita Pernambuco, Endireita Pernambuco e PSL Jovem.
Em algumas faixas, os dizeres: “Centrão, vergonha do Brasil”, “Lugar de ladrão é na cadeia, não no Congresso” e “Câmara e Senado presididos por corruptos”. Assim como no âmbito nacional, as principais bandeiras eram a reforma da Previdência, o pacote anticrime e a medida provisória 870, que modifica a estrutura administrativa do governo, reduzindo o número de ministérios.
Também era forte o apoio à figura do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, o propositor do pacote anticrime. “Ele é o símbolo do combate à corrupção, uma coisa que a gente não via nesse País e começou a ver a partir de 2014. Isso tomou um volume muito grande, e ele virou uma unanimidade nacional”, diz o comerciante Osvaldo Maciel, de 53 anos, que participou do ato.