'Não há unidade no Congresso para a votação da reforma', diz Humberto

Presente no ato contra a Reforma da Previdência nesta sexta (14) no Recife, o senador Humberto Costa diz que ato abre espaço para a discussão do projeto
Editoria de Política
Publicado em 14/06/2019 às 16:46
Foto: NE10


Atualizada às 17h41

Durante o ato desta sexta-feira (14) no Recife contra a Reforma da Previdência, o líder do PT no Senado, (PT) avaliou que não há unidade dentro do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e no Congresso Nacional para a votação da Reforma da Previdência, que teve o parecer do relator (PSDB) apresentado nesta terça-feira (13). Durante o ato no Recife, realizado no âmbito da greve geral convocada pelas centrais sindicais, os manifestantes saíram da Avenida Guararapes em direção a Avenida Conde da Boa Vista, na área central do Recife.  De acordo com a organização do ato, o público estimado é de 50 mil pessoas. A PM não divulgou estimativa.

"Não há unidade no governo nem no Congresso para a votação dessa reforma e essa mobilização sem dúvida vai influenciar no voto de cada parlamentar. Abre inclusive um espaço para que as centrais sindicais possam fazer parte de um processo de negociação sobre toda essa votação", afirmou Humberto. 

O petista considerou a retirada do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e da aposentadoria rural do texto da reforma uma resposta dos parlamentares a pressão da população. "Mas ainda há muita coisa que prejudica os trabalhadores, o povo mais pobre, e não há nada que diga respeito a como elevar a arrecadação da Previdência, especialmente fazendo a cobrança dos que devem, combatendo a sonegação e criando empregos, porque essa é a maneira mais rápida de fazer com que a arrecadação cresça e possa reduzir esse déficit", considerou o senador. 

De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de Pernambuco, mesmo com a retirada de pontos polêmicos apresentados pelo relator da proposta, o deputado federal (PSDB-SP), ainda há muitas questões a serem debatidas. “Ela não mexe na possibilidade de a gente ter que contribuir 40 anos e isso é praticamente impossível de acontecer. No Chile isso foi feito e apenas 1,5% da população conseguiu ficar 40 anos contribuindo. Isso quer dizer que muita gente não vai ter condições de se aposentar”, declarou.

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Confira as categorias que aderiram a greve:

Universidades - Ainda na noite nessa quinta-feira (13), a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) soltou uma nota em que informou aderir à paralisação. Assim, os trabalhos voltariam ao normal apenas na próxima segunda-feira (17). Já a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) afirmaram que não irão registrar faltas dos alunos.

Professores;

Metroviários – anunciaram paralisação por 24h a partir desta sexta (14). Segundo a CBTU Recife, as Linhas Centro e Sul do Metrô funcionaram das 5h às 9h e das 16h às 20h, horários de pico do sistema. A Linha Diesel (VLT) não teve operação

Rodoviários - Houve protestos nas garagens das empresas Caxangá e Itamaracá;

Funcionários dos Correios – paralisação por toda a sexta;

Enfermeiros;

Bancários;

Metalúrgicos;

Químicos;

Portuários;

Trabalhadores rurais;

Eletricitários;

Urbanitários;

Servidores públicos municipais, estaduais e federais;

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