Recife abriga 1ª Jornada de Nutrologia Pediátrica

Evento, que abordará o conceito de globesidade e problemas como o déficit de vitamina D nos pequenos, será no próximo sábado (10)
Gabriela Viana
Publicado em 05/08/2013 às 12:38


Não é novidade o fato de a obesidade atingir uma grande parcela da população infantil – cerca de 50% –, mas o alto índice de crianças com déficit de vitamina D é. Independente de ser um problema de saúde antigo ou novo, a grande questão fincada na cabeça dos médicos é a falta de profissionais capacitados e especializados para tratar o problema.

Pensando nisso, o pediatra e nutrólogo Homero Rabelo organiza a 1ª Jornada de Nutrologia Pediátrica de Pernambuco. O evento acontecerá no próximo dia 10, das 8h30 às 19h, no Hotel Transamerica Prestige Beach Class, no Pina. As vagas são limitadas e as inscrições custam R$ 100.

Os principais assuntos da jornada serão a globesidade – globalização da obesidade – e a falta de vitamina D nos pequenos. Mas outras questões da nutrologia, como polêmicas sobre micronutrientes, cardápios saudáveis, casos clínicos e avaliação nutrológica, também farão parte das palestras.

Os profissionais que falarão sobre esses temas são tanto de outros Estados, como São Paulo e Rio Grande do Sul, quanto de Pernambuco. O presidente do Departamento de Nutrologia Pediátrica da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), Carlos Alberto de Almeida, participa do evento detalhando os problemas causados na criança com dislipidemia - do pré-escolar à adolescência. Além disso abordará a necessidade de intervir ou não em crianças com sobrepeso e tratará, também, de explicar a globesidade. 

Para Rabelo, o grande difusor e influenciador dessas disfunções alimentares é a cultura familiar. “Sem dúvidas os hábitos vindos dos pais não ajudam. Muitas vezes eles não fazem atividade física, não têm um cardápio adequado e ainda comem desreguladamente. As crianças copiam tudo”, afirma o médico.

E justificar a falta de exercício com o argumento de que se mora em prédio ou que a rua é perigosa, não adianta. Para resolver o problema basta querer. “A criança precisa se movimentar. Só de subir e descer escadas do prédio, pular corda no playground, andar de bicicleta, brincar de pega ou de esconde-esconde sem sair do condomínio já está gastando energia. São coisas simples e que fazem a diferença”, indica Rabelo.

VITAMINA D

A preocupação na falta de vitamina D em crianças é algo mais recente. Essa avitaminose se relaciona com diversas doenças, como a calcificação dos ossos, cânceres, hipertensão e diabete. Para suprir a necessidade dessa vitamina no organismo, só ingerindo alimentos como atum, salmão e cavala, por exemplo. Tomar banho de sol entre as 6h e 7h também ajuda a metabolizar esse nutriente.

Vale ressaltar que crianças obesas são mais dispostas a ter déficit de vitamina D do que as de peso normal ou inferior ao adequado, pois a gordura sequestra essa substância orgânica do corpo.

Outro fator que influencia é que não se tem mais o hábito de tomar banhos de sol. Segundo Homero, por este motivo, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) se compromete a suplementar com vitamina D as crianças cujas mães não mantêm o costume do banho de sol. A iniciativa da SBP já completa dois anos.

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