Nômades

Carolina Elsztein queria viver num lugar que tivesse praia

Bióloga argentina descobriu o Recife e a capoeira

Adriana Guarda
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Adriana Guarda
Publicado em 02/11/2014 às 15:07
Heudes Regis/JC Imagem
Bióloga argentina descobriu o Recife e a capoeira - FOTO: Heudes Regis/JC Imagem
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A adolescente argentina queria sair da casa dos pais. De família tradicional na Olivarría (na Província de Buenos Aires), Carolina Elsztein se sentia como se estivesse num Big Brother, sob o olhar atento da pequena cidade de 100 mil habitantes. Tinha pressa em começar a universidade para deixar o lugar. Conseguiu o que queria e foi estudar biologia fora da sua cidade. O deslocamento para o Brasil aconteceu de uma maneira inusitada.


“Estudei biologia em Mar del Plata (centro-leste da Argentina) e depois trabalhei em uma empresa norte-americana. Num período de férias fui para a casa de uma amiga em Arraial D’Ajuda (BA) e me apaixonei pelo lugar. Comecei a fazer capoeira. Pra mim foi um paraíso. Retornei dessas férias pensando em voltar para o Brasil”, conta. 


A bióloga começou a procurar universidades no Brasil onde pudesse fazer mestrado. “Entrei no computador e comecei a procurar, mas só queria lugar que tivesse praia. Escrevi a um professor da Universidade Federal de Pernambuco dizendo que queria fazer mestrado. Isso foi muito curioso porque esse docente Marcos Morais foi a primeira pessoa a quem escrevi e já deu certo”, recorda. Carol passou na seleção e começou a viver no Recife. Na cidade redescobriu a capoeira, com o grupo Chapéu de Couro, do bairro da Várzea. 


“Não me reconheço mais na Argentina. Minha casa é aqui. E meus pais também acham que eu sou a mesma Carolina que saí de lá há 10 anos, mas não sou. Aprendi muitas coisas na convivência aqui no Recife. Em 2015 vou passar um ano na Itália, pelo programa Ciência sem fronteiras. Pode ser que tenha alguma ideia depois dessa experiência mas, por enquanto, penso em voltar pro Recife”, afirma.  

 

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