SANTO DOMINGO - Não se sabe ao certo o que disse Cristóvão Colombo ao chegar à República Dominicana em 1492, mas bem que poderia ter sido a interjeição aí do título. Os dominicanos usam “coño!” para demonstrar espanto com tudo. E o país centro-americano, do tamanho do Estado do Rio de Janeiro, é mesmo de arrancar exclamações. Surpreende de norte a sul, do Atlântico ao Caribe. De Santo Domingo, a primeira cidade das Américas, a Punta Cana, o paraíso do all inclusive.A oeste, faz fronteira com o Haiti, com o qual divide a Ilha Hispaniola, a “pequena Espanha” encontrada pelos exploradores. Ao leste, se separa de Porto Rico, pelo Canal de la Mona.
A localização estratégica, aliada ao clima estável e à geografia diversificada, em que sobressaem mais de 400 quilômetros de praia, atrai desde a década de 70 outro tipo de desbravador. Turistas. Só no ano passado, foram 3,7 milhões de visitantes. Norte-americanos, europeus, russos, canadenses... E agora também brasileiros. Somos, aliás, o País que mais cresce na emissão de viajantes para lá. Em 2011, foram 76.625, número 106% maior em relação a 2010. Com o voo direto da Copa Airlines partindo do Recife para o Panamá, pernambucanos e nordestinos devem passar a responder por uma boa parte dessa fatia.
Independente da origem, os turistas vão em busca do sol que brilha o ano inteiro, do “azul photoshop” do mar, da fauna marinha, da cultura híbrida, da gastronomia típica e misturada às tendências internacionais, da história de invasões e resistências, das joias decoradas com âmbar e larimar... Também descobrem o romantismo da bachata e a sensualidade do dembow, o rum e o tabaco de sabores só comparáveis aos dos cubanos, a aventura, o luxo, a badalação dos resorts e os grandes complexos turísticos. A República Dominicana não se faz de rogada. Entrega tudo o que é pedido, com o bônus da simpatia de um povo que aprendeu a fazer do sorriso capital econômico peculiar.