A pesquisa do instituto PoderData, realizada nos primeiros três dias de fevereiro, comprovou uma queda que já vinha acontecendo desde novembro de forma consistente na aprovação do governo Bolsonaro no Nordeste. A região, junto com o Sudeste, é a que apresenta os piores índices para o presidente.
As duas regiões são, também, as que mais possuem beneficiados pelo Auxílio Emergencial que começou a ser pago em 2020 e foi encerrado este mês.
No Nordeste, a desaprovação chegou a 59%. A aprovação, que chegou a ser de 55% em setembro, caiu para 29%.
O índice negativo já está próximo dos 27% de junho de 2020, quando o Brasil bateu recordes de mortos na pandemia e a popularidade de Bolsonaro chegou a pior patamar.
Quando a maré estava melhor, o presidente aproveitou para tentar consolidar isso na região e fez várias viagens pelo Nordeste. Nos bastidores, falava-se em "usar os números e criar um ambiente favorável para quando o auxílio terminasse". Não parece ter dado certo, até agora.
Nos números nacionais, com boa aprovação no Sul do país, Bolsonaro equilibra um pouco a situação. Mas, ainda é mais reprovado. Na pesquisa feita em todos as regiões, o governo é reprovado por 48% e aprovado por 40%.
A piora no quadro, todos entendem que se deu após o fim do Auxílio Emergencial. Não por acaso, o Congresso já discute a volta do benefício, tentando uma solução para fazer isso sem quebrar o país.