Pernambuco tem, hoje, dois pré-candidatos mais ou menos declarados para o governo: Geraldo Julio (PSB) e Miguel Coelho (MDB). Ambos ocupam ou ocuparam prefeituras no estado e, hoje, construiu-se mais uma similaridade entre os dois: a Polícia Federal batendo à porta.
É feio.
O ex-prefeito do Recife reclama de perseguição da PF, sob comando do presidente da República, Jair Bolsonaro.
O atual prefeito de Petrolina, filho do líder do governo Bolsonaro no Senado e aliado bolsonarista, nem pode usar essa justificativa.
Numa das muitas adaptações possíveis da famosa frase de Millor Fernandes sobre a democracia, alguém poderá dizer, em 2022, que "quando a PF bate em minha porta é perseguição política, mas na porta do outro é investigação".
Caso Miguel venha a ser mesmo candidato ao governo do Estado, estaremos, outra vez, numa disputa de quem é o "menos pior" ou, nesse caso, quem é que tem menos suspeita de corrupção sobre sua administração?
Se for esse, que triste para o futuro.