Destaques e análises políticas do Brasil e Pernambuco, com Igor Maciel

Cena Política

Por Igor Maciel
Cena Política

Bolsonaro vai mandar em todos os diretórios estaduais do PL, menos um. Em Pernambuco, o partido é presidido por Anderson Ferreira

Em maior ou menor grau, o acordo com Valdemar é que Bolsonaro poderá filiar seu grupo e indicar nomes para disputarem a eleição. Sem interferências locais.

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Igor Maciel

Publicado em 09/11/2021 às 12:12 | Atualizado em 09/11/2021 às 12:26
Valdemar Costa Neto, o dono do PL, que alugou o partido para Bolsonaro. - Foto: José Cruz/ Agência Brasil

Para confirmar a ida ao PL de Valdemar Costa Neto, Bolsonaro fez algumas exigências, mas a principal foi a autonomia para colocar quem ele quiser e definir chapas nos estados.

Após muita negociação, Valdemar aceitou entregar todos os diretórios estaduais ao presidente, menos um: São Paulo.

A transação é, na verdade, um tipo de aluguel parecido com o que foi feito no PSL em 2018. Bolsonaro manda na sigla até o fim da eleição, elege seus deputados por ela e, no fim, entrega de volta para Valdemar uma gorda verba eleitoral.

Em maior ou menor grau, o acordo é que Bolsonaro poderá filiar seu grupo e indicar nomes para disputarem a eleição.

A notícia é uma bomba para o grupo de Anderson Ferreira (PL).

O prefeito de Jaboatão dos Guararapes comanda o partido em Pernambuco e apesar de ter uma relação com o presidente, de quando eram colegas no parlamento, tem se afastado para não ser contaminado pela rejeição alta dele na região.

Anderson está num grupo com Raquel Lyra (PSDB) e Daniel Coelho (Cidadania), dois partidos inseparáveis, hoje, até porque tudo indica que vão formar uma federação nacional.

O PSDB rompeu com Bolsonaro recentemente, apesar de ter ainda alguns deputados que votam com os bolsonaristas.

Já o Cidadania é oposição dura ao governo.

Bruno Araújo, presidente nacional do PSDB, diz que os palanques nacionais e estaduais não precisam ser iguais.

Já o Cidadania tem dito que vai tomar uma decisão apenas quando a filiação for oficializada.

A entrada de Bolsonaro no PL mexe com o palanque da oposição sim.

Talvez Bruno Araújo não lembre como foi a eleição de 2018, mas "turma do Temer" virou mote para a campanha do PSB, contra ele inclusive, por mais que se tentasse falar que "palanques não eram os mesmos" e por mais que o próprio PSB fosse responsável pelo governo Temer.

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