O PSB precisa dos votos que "estão" com Marília Arraes (SD) atualmente e quanto mais demorar para atraí-los, mais difícil será fazer Danilo Cabral crescer.
O movimento já está acontecendo; Danilo tem reagido em pesquisas internas dos partidos, principalmente em eleitores que antes se diziam indecisos e, vejam só, sobre eleitores que antes declararam voto em Marília.
O PSB precisa muito desses votos porque eles fazem parte de uma base de esquerda que tem simpatia por Lula e votou nos socialistas nos últimos anos, mas está buscando alternativa. Sem essa base, o partido perde legitimidade para liderar a Frente Popular.
Como convencer aliados, depois de prometer tanto voto a eles, se o seu próprio candidato não decola na própria base?
O problema é que essa migração não está tão veloz quanto o PSB gostaria, em parte porque o PT local não entrou na campanha ainda.
Sem decidir nada sobre o Senado e a vice, sem que o PT entre de verdade na campanha, por mais que Danilo tenha feito um álbum maior que o de qualquer casamento com o ex-presidente Lula (PT), ainda está difícil.
Essa busca do PSB pelos votos de Marília ficou bem explícita na última terça-feira (12). Todos os pré-candidatos fizeram críticas, em alguma medida, a Danilo. Entre outras coisas, o socialista foi chamado de "poste", e acusado de ter "projeto de poder".
Mas integrantes da sigla só se preocuparam em responder a Marília. Os outros, foram ignorados.
Primeiríssimo turno
A coluna já trouxe aqui a opinião de uma figura importante no processo sobre a posição de Marília Arraes no bloco de oposição.
Segundo essa fonte, Marília e Danilo fariam um "primeiríssimo turno", só entre eles, um tipo de preliminar por eleitores que são só deles.
Depois é que começa a disputa de verdade.
Pelo jeito, estamos vendo essa preliminar já.