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Cena Política

Por Igor Maciel
Cena Política

O Consórcio Nordeste nasceu morto, viveu torto e vai terminando esvaziado com operações policiais

O atual presidente do consórcio, Paulo Câmara, é orientado a não fazer negócio com a instituição representada por ele próprio, por ela não ser confiável.

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Igor Maciel

Publicado em 26/04/2022 às 11:25 | Atualizado em 26/04/2022 às 14:39
Consórcio Nordeste - André Lúcio/SEI-PB

O Consórcio Nordeste é um ajuntamento de governadores e quase nada além disso. A coluna já apresentou um detalhado texto para mostrar o quanto ele é caro e entrega pouquíssimo em resultado. Você pode ver aqui a reportagem completa.

Mas, a operação que se desenrolou nesta terça-feira (26), reforça um ponto essencial: além de custar caro e não entregar resultados o Consórcio se envolveu em problemas com a Justiça. É um triste cenário para algo que tinha boas intenções.

Vê-se que são intenções daquelas que povoam o inferno, como no dito popular.

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), que chefiava o ajuntamento na época, está no centro da operação policial. Hoje, quem comanda o consórcio é o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB).

Rui Costa foi quem autorizou a compra de 300 respiradores que nunca foram entregues e envolveu os outros estados, fazendo com que o TCE-PE, por exemplo, orientasse Paulo Câmara a não comprar mais pelo consórcio.

O mesmo grupo que ele, hoje, preside.

E isso resume bem a situação do grupo: o atual presidente do consórcio é orientado a não fazer negócio com a instituição representada por ele próprio, por ela não ser confiável.

Irônico? No mínimo.

O Consórcio Nordeste nasceu morto, viveu torto e vai terminando esvaziado.

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