Lula (PT) e Bolsonaro (PL) vão fazer o que em debates no primeiro turno?
Se ambos passaram os últimos meses trabalhando em conjunto para que a terceira via não tivesse possibilidade de se fortalecer, se um ajudou o outro durante meses para construir um ambiente em que apenas eles e mais ninguém tivesse força para discutir o Brasil em condições eleitorais possíveis, qual a lógica de irem os dois ouvir o que pensam outros candidatos que estão ali para oferecer uma alternativa a eles dois?
O debate é a melhor maneira de ver argumentações sendo construídas e desconstruídas, é um instrumento de democracia importantíssimo.
Mas, convenhamos, democracia é a menor das preocupações de Lula e Bolsonaro.
Então, sendo coerente com a lógica, qualquer um dos dois, indo a um debate, vai se expor desnecessariamente. Eles não ganham nada.
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E, sem os dois, os debates perdem tração. Vão ficar parecendo campeonato de segunda divisão da liga japonesa de handebol.
No segundo turno, aí sim, é mais fácil vermos o embate, caso as pesquisas fiquem realmente acirradas.
No fundo, a previsão para as eleições é pouco animadora. Nos estados, com a forte polarização, candidatos a governador vão querer discutir o Brasil e aproveitar a onda.
Na eleição nacional, para fugir da rejeição, Bolsonaro e Lula vão evitar discutir o Brasil entre eles.
Será mais uma eleição em que não se discutirá o que importa e se elegerá por fã clube e não pela apresentação de uma proposta de país.
Viva!