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Cena Política

Por Igor Maciel
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Para atender sindicalistas, Paulo Câmara desiste de estadualizar metrô e deve atrasar solução para problemas

Estadualização era necessária para que uma concessão fosse feita à iniciativa privada com o objetivo de reestrutura o metrô do Recife.

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Igor Maciel

Publicado em 26/05/2022 às 11:08 | Atualizado em 26/05/2022 às 11:32
SUCATEAMENTO Sem investimentos do governo federal, havia ficado decidido que o governo de Pernambuco assumiria o Metrô e, logo em seguida, abriria para a iniciativa privada - ALEXANDRE GONDIM/JC IMAGEM

Paulo Câmara (PSB), segundo os metroviários, resolveu fazer uma média com o sindicato deles e desistiu de estadualizar o metrô para garantir a concessão do serviço para uma gestão privada e competente, coisa que a administração pública não é.

A informação veio do Blog de Jamildo.

Fala-se que houve forte influência de Luciana Santos (PCdoB), a vice-governadora, na decisão.

Antes estava decidido, como adiantou a colunista de mobilidade do JC, Roberta Soares.

Roberta publicou detalhes sobre a nova decisão aqui.

É um retrocesso imenso. Mas, nada surpreendente para quem parece se guiar pela próxima eleição e não pelo bem estar da população.

Por que se preocupar com a qualidade do serviço, para que viabilizar uma solução para o sucateamento do equipamento, por qual motivo ajudar a modernizar o serviço de transporte se um grupo sindical está reclamando e pode atrapalhar a votação do seu candidato em ano eleitoral?

Mais ainda, por que se preocupar com a segurança e conforto de milhares de pernambucanos se você pode continuar dizendo que o metrô é federal e que a culpa é do presidente da República da vez, como é feito há anos?

Essa é uma decisão que precisa ficar registrada para que o usuário do metrô de todos os dias saiba o tamanho da responsabilidade de cada ator público na gestão desastrada do setor.

Não existe inocência na omissão e cada problema no equipamento que serve a Região Metropolitana do Recife tem a participação de todas as esferas do Poder Público.

Agora, mais do que nunca, isso precisa ficar claro.

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