Uma das dificuldades que o próximo presidente, seja Bolsonaro (PL), Lula (PT), Tebet (MDB) ou Ciro Gomes (PDT), terá pela frente está sendo criada com a PEC Kamikaze, nos próximos dias.
Com impacto previsto de R$ 41 bulhões, um dinheiro que o governo não tem, com o objetivo de melhorar a popularidade de Bolsonaro, a Proposta de Emenda à Constituição pretende aumentar e ampliar benefícios para a população e para algumas classes específicas como a dos caminhoneiros.
A oposição é contra a medida, mas vai votar a favor. E a aprovação deve ser com grande margem. São necessários 308 votos, dos 513, para passar o texto. Entre os deputados a aposta é que vai passar de 400 fácil.
Entre os parlamentares, há quem acredite que ela será aprovada na terça-feira (12) e há quem ache que só será possível na quarta-feira (13), quando o quórum é melhor. Mas, será aprovada.
A coluna conversou com seis parlamentares pernambucanos. Todos dizem que a PEC é eleitoreira e todos admitem que é difícil não votar a favor, porque trata sobre benefícios para a população.
Um deles, em reserva, nos enviou o relatório da votação na comissão que liberou o texto para plenário: com 37 votantes, o placar terminou 36 x 1.
“Todo mundo sabe que o objetivo de Bolsonaro é eleitoreiro e sabe o impacto fiscal que isso terá no futuro. Mas todo mundo tá em eleição também, quem vai assumir o ônus de votar contra a ampliação de benefícios à população?”, argumentou uma das fontes.