Pondo fim a uma novela que já tinha durado tempo demais, a Alepe conseguiu definir o comando das principais comissões da Casa.
Antônio Moraes (PP), que chegou a abrir mão da presidência da Assembleia, finalmente conseguiu ser confirmado na presidência do grupo mais importante da Alepe, a Comissão de Justiça.
Tudo, absolutamente tudo, que vai ser votado em plenário precisa do aval dessa comissão. Moraes era o escolhido pela governadora Raquel Lyra (PSDB), mas quase ficou de fora por problemas na articulação política.
A informação é que governo e parlamentares entraram pela madrugada aparando arestas e tentando resolver a pendência.
Com isso, Débora Almeida (PSDB) ficou no comando da Comissão de Finanças e Joaquim Lira (PV) garantiu a Comissão de Administração.
O mapa fica, exatamente, do jeito que o governo esperava, mas a energia gasta podia ter sido economizada.
E, pela forma como foi feito, tendo que alterar acordos que os partidos já tinham feito internamente, como um sobre a liderança da bancada do PL, haverá consequências no futuro.
Contramão
A oposição destacou dois gestos da governadora Raquel Lyra que incomodaram e se destacam nesse processo de eleição da CCLJ: a não aceitação da proposta de consenso de todos os líderes dos partidos e a interferência direta em um partido, no caso o PL, que acabou destituindo o líder da sigla na Alepe.
“Esses gestos vão no sentido contrário ao discurso de quem quer dialogar e construir pontes”, argumentou o deputado Waldemar Borges (PSB).