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Pela sétima vez, o governo de Pernambuco decidiu prorrogar o decreto que suspende aulas presenciais no Estado para escolas da educação básica. As unidades de ensino, públicas e privadas, permanecerão fechadas por mais uma semana, ou seja, até a terça-feira da próxima semana, dia 22, por causa da covid-19.
Havia expectativa que o anúncio fosse feito por meio de uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (14), conforme prometeu o secretário estadual de Educação, Fred Amancio, na última entrevista da qual participou, quinta-feira da semana passada. Mas a assessoria do governador Paulo Câmara optou por enviar apenas uma nota, sem espaço, portanto, para perguntas da imprensa.
"O Governo de Pernambuco, após reunião do Gabinete de Enfrentamento à COVID-19, decidiu prorrogar até o dia 22, a suspensão das aulas presenciais na Educação Básica em todo o Estado. Os dados serão avaliados novamente na próxima segunda-feira, para deliberação sobre o cronograma do plano de retorno das redes pública e privada", afirmou o governo, em nota.
A decisão frustra os donos de escolas privadas - são cerca de 2.400 em Pernambuco, onde estudam 400 mil alunos. Eles cobram do governo a liberação das aulas presenciais e o anúncio de datas para esse retorno gradual aos colégios. Garantem que a maioria das unidades de ensino está pronta para a volta dos estudantes, atendendo as normas de segurança colocadas no protocolo elaborado pelo governo dois meses atrás, em 15 de julho.
Em contrapartida, alguns médicos, prefeitos e sindicatos de professores (de escolas públicas e privadas) acham que não é o momento de voltar a ter aulas presenciais por causa dos riscos de contaminação. Argumentam que embora os números da covid-19 estejam caindo em Pernambuco, não há segurança sanitária para esse retorno. Na rede estadual estão matriculados cerca de 575 mil alunos e nas escolas municipais das 184 cidades há cerca de 1,1 milhão de estudantes.
Apenas o arquipélago de Fernando de Noronha está autorizado pelo governo a voltar às aulas. Será a partir da próxima semana, no dia 22 de setembro. A ilha tem apenas uma escola e uma creche, ambas vinculadas à rede estadual, somando 619 alunos.
A autorização para o reabertura das escolas em Noronha se deu porque a ilha, segundo o governo, não registra transmissão comunitária da covid-19 desde o final de abril. Os primeiros a voltarem ao ensino presencial serão os 402 estudantes da Escola de Referência em Ensino Fundamental e Médio (Erem) Arquipélago Fernando de Noronha, a partir do dia 22 de setembro.
Nessa data, voltam os alunos do ensino médio. Na terça-feira seguinte, 29, serão os dos anos finais do ensino fundamental. E por último, em 6 de outubro, os estudantes das séries iniciais do fundamental.
Para os 217 alunos da creche, o Centro Integrado de Educação Infantil (CIEI) Bem-Me-Quer, a liberação ocorre a partir de 13 de outubro. Nessa data vão ser liberados as crianças da educação infantil. Uma semana depois, em 20 de outubro, retornarão os pequenos que ficam no berçário
Histórico da proibição das aulas presenciais em Pernambuco
18 de março - Publicado decreto suspendendo as aulas presenciais no Estado por causa da covid-19. Não foi estipulada uma data para validade dessa proibição
30 de abril - Renovado pela 1ª vez o decreto, com validade até 31 de maio
31 de maio - Renovado pela 2ª vez, com novo prazo até 30 de junho
30 de junho - Renovado pela 3ª vez, agora com proibição valendo até 31 de julho
31 de julho - Renovado pela 4ª vez até 15 de agosto
15 de agosto - Renovado pela 5ª vez até 31 de agosto
31 de agosto - Renovado pela 6ª vez, com a data limite de 15 de setembro
15 de setembro - Será renovado pela 7ª vez até 22 de setembro