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Enem e Educação

Por Mirella Araújo e equipe
Educação

Troca de comando no Inep impacta no Enem 2022? Veja o que diz o MEC

O Ministério da Educação anunciou a saída de presidente do Inep a menos de 4 meses do Enem

Cadastrado por

Cássio Oliveira

Publicado em 28/07/2022 às 8:59 | Atualizado em 28/07/2022 às 9:00
Exame Nacional do Ensino Médio, Enem - Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Com informações do Estadão Conteúdo

A menos de quatro meses da realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Ministro da Educação, Victor Godoy, anunciou, nesta quarta-feira, 27, a saída de Danilo Dupas da presidência do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela prova.

A troca de chefia ocorreu "por motivos pessoais e a pedido", de acordo com o anúncio feito nas redes sociais. Quem assume o cargo, a partir de 1º de agosto, é Carlos Moreno, atual diretor de Estatísticas Educacionais.

Segundo Victor Godoy, a saída de Danilo Dupas do comando do Inep não terá impacto na realização do Enem em 2022. "O impacto é praticamente nulo, porque acho que o grande trabalho que nós fizemos nesses últimos anos no Inep foi institucionalizar os processos. A gente fez um grande trabalho de aprimoramento da governança e o Enem é um exame feito a muitas mãos, inclusive com vários parceiros externos”, disse o ministro em entrevista à CNN Brasil.

Danilo Dupas

Dupas assumiu o cargo em fevereiro do ano passado. Durante o período, envolveu-se em polêmicas e teve de enfrentar acusações de interferência do governo federal nas provas do Enem.

Em novembro de 2021, quando faltavam 13 dias para o Enem, mais de 30 servidores do órgão pediram exoneração e dispensa coletiva Dupas foi acusado pelos funcionários de assédio e desconsideração de aspectos técnicos na tomada de decisões. Ele negou as acusações.

Também em novembro, o Estadão apurou que houve supressão de "questões sensíveis" na prova. O presidente Jair Bolsonaro chegou a afirmar que as perguntas do Enem teriam "a cara do governo".

Naquele mesmo mês, em comissão do Senado, Dupas falou ser "comum" a adição e a retirada de questões durante a montagem do teste. E explicou que a "cara do governo é seriedade e transparência".

Godoy informou que, a partir de 1° de agosto, Carlos Moreno assume o cargo, "respondendo interinamente e garantindo a continuidade dos exames e avaliações fundamentais para toda a sociedade brasileira".

Segundo o ministro, Moreno é servidor de carreira da autarquia há 37 anos e mestre em Estatística pela Universidade de Brasília (UnB).

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