Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

JC Negócios

Por Fernando Castilho
castilho@jc.com.br
Coluna JC Negócios

Pernambuco comemora o Dia Mundial do Cuscuz, Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado

Consumido em todo o Brasil, é a certeza de uma cultura. Ser do Nordeste é, de forma genérica, gostar de forró, dos festejos de São João e cuscuz.

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Fernando Castilho

Publicado em 19/03/2021 às 18:30 | Atualizado em 19/03/2021 às 19:18
O prato chegou no Brasil com os portugueses - ACERVO JC IMAGEM

Todo mundo sabe que 19 de março é o dia de São José e, reza a tradição no Nordeste, que essa é a melhor data para o plantio do milho, que vai alimentar a casa de milhões de nordestinos durante as festas juninas. Mas pouca gente sabe que o dia 19 de março também é o Dia Mundial do Cuscuz.

Consumido em todo o Brasil, é a certeza de uma cultura. Ser do Nordeste é, de forma genérica, gostar de forró, dos festejos de São João e do cuscuz.

O milho, elemento base do cuscuz, é tradicionalmente plantado no dia de São José. O gesto carrega anseios do sertanejo pela água que vem dos céus. Se comparado a uma joia, vale mais que ouro.

Tem variação de prato com cuscuz para todos os gostos, e é aí que mora o perigo. A iguaria tem nutrientes e benefícios, mas, dependendo dos acompanhamentos, pode se tornar uma escolha ruim.

Em 100 gramas de cuscuz cozido apenas com sal, é possível encontrar em média 112 calorias, além de quantidades importantes de carboidratos, fibras, proteínas e cálcio. O cuscuz com ovo, com salsicha, com carne do sol ou mesmo com carneiro. Legumes, queijo e chocolate são outros acompanhamentos para o cuscuz.

Pesquisas mostram que o cuscuz é um dos alimentos que mais participa do cardápio do povo nordestino, chegando a ser consumido em média 4 vezes na semana.

Na verdade, a utilização do milho na alimentação humana remonta a séculos, constituindo um alimento tradicional da dieta de vários povos, principalmente, aqueles que se originaram das civilizações Asteca, Maia e Inca, conhecidos como civilizações do milho, já que a vida desses povos eram diretamente relacionadas à produção desse cereal.

Mas só em 2017, a São Braz, uma empresa de alimentos da Paraíba e tradicional fabricante de produtos de milho, começou a fazer dessa o Dia Mundial do Cuscuz, em homenagem ao cuscuz de milho, comida tão presente e saboreada nos lares de toda a Região.

A estratégia de marketing da São Braz deu certo e a ideia desta comemoração, rapidamente, se incorporou à sociedade, sendo adotada até pelos concorrentes. Interessante foi ver várias marcas se unirem nessa sexta-feira e reverenciarem o cuscuz, em suas diversas formas de ir à mesa, com incontáveis tipos de acompanhamento.

Mas Pernambuco foi mais longe e, no começo do mês, a Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou a indicação do cuscuz como Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado. Infelizmente, em sessão remota por causa da pandemia de covid-19.

Mas, o que pouca gente sabe, é que a iguaria tradicional entre a população do Nordeste brasileiro já havia sido declarada Patrimônio Imaterial da Humanidade pelo Comitê de Patrimônio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 2020.

O cuscuz é uma comida internacional, tendo sua origem atribuída ao Oriente Médio, mais especificamente à cidade de Maghreb, localizada no norte da África. Existem relatos de que o prato já era preparado há pelo menos dois séculos antes de Cristo, mas de uma forma muito diferente da qual conhecemos hoje.

O primeiro registro escrito sobre cuscuz foi feito no século XIII, no livro de cozinha magrebina-andaluza Kitab al-tabikh fi al-Maghrib wa’l-Andalus (Livro de Culinária do Magrebe e Andaluzia), de autor desconhecido.

Por ser de fácil preparo e render bem, o cuscuz era uma comida destinada aos pobres, escravos e também aos bandeirantes, que consumiam junto com carne seca batida no pilão.

Em berbere, a palavra “k’seksu”, vem do som do vapor na cuscuzeira durante o cozimento. A palavra couscous é a versão francesa de “k’seksu”, criada pelos colonizadores na Argélia.

No cardápio brasileiro, a introdução foi feita através dos colonizadores portugueses, em meados do século XVI. A receita original feita de trigo e sêmola foi rapidamente abrasileirada e passou a contar com ingredientes abundantes no País. Como resultado, desde então, várias versões com ingredientes locais foram desenvolvidas e reproduzidas ao longo das gerações.

 

Viral

Mas nos tempos da internet, não custa nada lembrar do Pequeno João Davi, sucesso nas redes sociais, com mais de 1 milhão de seguidores no Instagram, o pequeno influenciador digital 'viralizou' neste fim de semana com um vídeo engraçado.

Na gravação feita pelos seus pais, o recifense aparece cantando enquanto segura um prato de cuscuz com ovo, uma 'iguaria' do povo do Nordeste. É impossível assistir ao vídeo e não cair na gargalhada com tanta fofura.

A paródia, feita com a música "Roça Roça", do MC Brinquedo, caiu no gosto da internet e foi compartilhado por muitos perfis nas redes sociais.

João tem uma página no Instagram (@joaodavioficiall) com uma marca de 1 milhão de seguidores. A conta é administrada pelos pais da criança. O pequenino já apareceu na televisão. Ele participou do Programa Eliana, no último dia 24 de novembro, onde cantou com o seu pai, Davi, no quadro “Famosos da Internet”.

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