Diabete em pets? Veja os sintomas que devem servir de alerta

Doença é consequência de alterações que podem se desenvolver no pâncreas dos animais
Amanda Rainheri
Publicado em 17/11/2020 às 19:11
Gatos se amontoam em casa de mulher Foto: Pixabay/ Reprodução


No último dia 14 de novembro foi comemorado o Dia Mundial do Combate ao Diabetes. A data, que chama muita a atenção para os seres humanos, não pode ser esquecida em relação ao mundo pet, já que o seu diagnóstico também é bastante comum nos animais. Por isso, para reforçar o alerta aos tutores de cães e gatos, a médica veterinária Silvana Badra listou seis fatos sobre o assunto. Confira:

À semelhança do que ocorre no organismo humano
o diabetes mellitus também se manifesta em cães e gatos. "O que acontece é que, assim como nós, o organismo para de produzir ou produz insulina em pouca quantidade para as necessidades do pet. Sem o hormônio, a glicose não entra nas células e se acumula-se no sangue", explica a médica-veterinária.

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O que predispõe o animal ao diabetes mellitus?
A doença é consequência de alterações no pâncreas. São diversos os fatores que podem contribuir para a manifestação do diabetes mellitus; entre os principais fatores, estão a obesidade, o uso excessivo de medicamentos que inibem a ação da insulina - como corticosteroides -, determinadas doenças hormonais - como hipertireoidismo e hipotireoidismo - e o excesso de gordura no sangue (hiperlipidemia).

Prevenção é o melhor caminho
Silvana explica que, a medicina preventiva, com consultas de rotina e orientações sobre cuidados e higiene dos pets é fundamental para a saúde e bem-estar não só dos animais diabéticos, mas de todos os animais. "O tutor deve estar atento à medicina preventiva, que inclui consultas de rotina, vacinação, vermifugação, prevenção contra pulgas, carrapatos e insetos, alimentação saudável, exercícios, e medicamentos só administrados sob recomendação do médico-veterinário"

Como identificar o diabetes mellitus nos pets?
Os cães e gatos diabéticos apresentam sintomas comuns, como excesso de sede e urina, aumento de apetite e perda de peso, mesmo com o aumento da ingestão de alimentos. Por isso é importante que, a qualquer sinal de alguma dessas alterações, o tutor procure um profissional para avaliação e conclusão completa.

Meu animal foi diagnosticado. E agora?
Sem pânico. A doença não tem cura, mas tem tratamento. "A insulinoterapia, que é a aplicação de insulina, juntamente com um manejo adequado, com engajamento do tutor, permite ao pet ter uma boa qualidade de vida", diz a médica-veterinária.

No entanto a escolha da insulina é essencial para obter melhores resultados. "Hoje já existe no mercado insulina veterinária com a mesma estrutura química da insulina do cão. Essa insulina promove um pico mais rápido e mais duradouro conferindo menor chance de crises de hipoglicemia e resistência à medicação", conta Silvana. "Ter uma insulina desenvolvida especialmente para as necessidades do animal proporciona um tratamento seguro e eficaz", completa.

Os tutores podem aplicar em casa.
A aplicação do medicamento é simples e o próprio tutor pode realizar em casa. Na consulta, os médicos-veterinários passam todas as informações necessárias para que a administração do produto seja feita da forma correta e para que o manejo do animal seja adequado, de forma que ele possa viver saudável e feliz junto à sua família.

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