O primeiro registro do enterro de um cachorro é datado de 12.200 a.C, foi este o marco essencial que separou os cães dos lobos e deu início a domesticação desses animais. Embora a relação entre humano e cão permita a criação de um laço afetivo e explore técnicas de treinamento com o pet, pesquisas apontam para o fato de que isso não é tudo que um cachorro pode oferecer em termos de capacidade intelectual.
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De acordo com uma pesquisa publicada na Royal Publishing Society, porcos domesticados têm cérebros 35% menores do que os javalis, o que comprova um fenômeno chamado síndrome da domesticação, que pode acometer qualquer animal retirado do meio selvagem e inserido em um ambiente como pet.
Ainda que seja óbvio as mudanças comportamentais que podem ocorrer em animais selvagens quando domesticados, nos cachorros a mudança comportamental pode não ser tão aparente, já que o processo de domesticação desses animais aconteceu cerca de 40 mil atrás.
Mesmo sem evidências atuais de como cachorros se comportam em ambientes naturais, o estudo valida o sentido intuitivo de que os cães domesticados se tornam mais dependentes de seus tutores e acabam atrofiando parte do cérebro relacionada ao instinto de sobrevivência independente.
Mudança genética
Em 2014, a revista Genetics já havia publicado um trabalho avaliando a teoria que comprova a existência de um conjunto específico de células chamadas ‘células de crista neural', que influenciam o desenvolvimento de todas as características de cada animal domesticado, incluindo a mansidão.
Essa pesquisa avaliou o desenvolvimento do animal no útero, onde as células dessa crista neural são transportadas para os ouvidos, formando a cartilagem, na pele foram a cor do nariz e aumentam o seu comprimento, chegando até nos rins para induzir a produção de adrenalina, responsável por alimentar a resposta de lutar ou fugir. A baixa quantidade de células desse tipo é o fator responsável por transformar um lobo em um cachorrinho dócil.