Publicado em 19/12/2017 às 8:00
A crise econômica mudou muito o comportamento do passageiros e, se não fizermos algo, o BRT não sobreviverá. Ele tem custos que precisam ser cobertos e quem termina arcando com essa despesa são os passageiros corretos, acostumados a pagar a tarifa", Gibson Pereira, do ConorteOs testes começaram na Estação Jupirá, em Olinda, na sexta-feira (15/12). Os equipamentos foram instalados pelo Consórcio Conorte, que opera o BRT Norte-Sul, com o aval do Grande Recife Consórcio de Transporte, gestor do sistema de ônibus na Região Metropolitana. A largura dos novos equipamentos é a mesma dos outros bloqueios, garantem os operadores, mas a altura é maior, o que dificulta a passagem. Enquanto os bloqueios convencionais das estações de BRT têm, em média, um metro, o novo modelo tem 1,50 metro.
“A Jupirá, estação escolhida para teste dos novos bloqueios, foi a que apresentou o maior índice de invasões: 9%. Isso significa dizer que, das 700 pessoas que diariamente entram no sistema por aquela estação, quase 70 passageiros o fazem sem pagar", Gibson Pereira, do ConorteAs novas catracas, entretanto, não são tão altas quanto a primeira instalada na Estação Benfica do Leste-Oeste – que de tanta reclamação terminou reduzida – e a largura permite a passagem também das pessoas obesas. Embora seja um equipamento agressivo, que destoa pela altura e cor em relação ao visual das estações de BRT, os operadores argumentam ser a única solução para diminuir a evasão de receita do sistema, que já está em 12% dos passageiros transportados, ultrapassando, por exemplo, a perda do sistema convencional de ônibus – que é de aproximadamente 10%. LEIA MAIS BRT pernambucano sofre com a evasão de receita Multa de R$ 170 para quem não pagar tarifa no BRT. O que você acha? Catracas são testadas na traseira dos ônibus para evitar evasão de renda “A Jupirá, estação escolhida para teste dos novos bloqueios, foi a que apresentou o maior índice de invasões: 9%. Isso significa dizer que, das 700 pessoas que diariamente entram no sistema por aquela estação, quase 70 passageiros o fazem sem pagar. Instalamos câmeras para ver o que acontecia e colocamos funcionários para monitorar as invasões, mas o custo é alto. Para monitorar cinco estações, foram 60 homens. Imagine quanto não precisaríamos para monitorar as 25 estações que estão em operação?”, pondera Gibson Pereira, do Conorte.