A Aena Brasil, concessionária que administra o Aeroporto Internacional do Recife, informou nesta sexta-feira (25/8), que adotou uma solução para acabar ou, pelo menos, reduzir bastante os desvios de voos que estavam acontecendo por causa do desligamento do sistema de orientação de pousos.
Segundo a concessionária, desde o dia 10 de agosto entrou em vigor um novo procedimento de navegação aérea para o Aeroporto do Recife que, embora não substitua o Sistema de Pousos por Instrumentos (no inglês, Instrument Landing System – ILS), será fundamental para auxiliar os pilotos nas aterrissagens. É o RNP-AR, que permite operação com visibilidade mínima de até 100 metros de altura e 1.400 metros de distância da pista de pouso.
A medida oferece um avanço em relação aos 150 metros de altura e 2.200 metros de distância, necessários antes dessa providência. O procedimento funciona por meio de equipamentos de geolocalização embarcados nas aeronaves, usualmente disponíveis em boa parte dos voos que chegam ao Recife. E requer tripulação habilitada para utilizá-lo, o que também é comum.
O ILS é um sistema gerido pelos órgãos de navegação aérea e que permite a aproximação por instrumentos em solo, informando a localização da pista e a rampa de pouso.
PREVISÃO PARA RELIGAMENTO DO NOVO ILS EM 20 DIAS
Além do novo procedimento, a Aena Brasil garante que estão em andamento as providências para o religamento completo do ILS. Os trabalhos de ajustes e calibragem devem ser finalizados em aproximadamente 20 dias. A partir dessa fase, passam a contar os prazos para elaboração e publicação das novas cartas de navegação, procedimento realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB).
Segundo a Aena Brasil, o ILS permitirá a operação com visibilidade mínima de cerca de 70 metros de altura e 1.200 metros de distância, um ganho adicional menor do que o obtido agora com o novo procedimento RNP-AR.
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A concessionária - que por várias vezes silenciou diante de reportagens feitas pelo JC sobre a ausência do equipamento de orientação de pousos - também destacou que o ILS não é um equipamento obrigatório e nem uma exigência da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para a concessão nem para o funcionamento do Aeroporto do Recife.
E que, de maio até agora, mesmo com um teto operacional mais restrito, menos de 1% dos voos (apenas 0,7%) foram alternados para outros aeroportos ou cancelados, um total de 128 voos entre 17.773 operações.
OBRAS NO AEROPORTO INTERNACIONAL DO RECIFE
A Aena Brasil também enfatizou que tem promovido uma grande transformação no Aeroporto do Recife para transformá-lo num terminal mais moderno e seguro. Nos seis aeródromos que administra no Nordeste, a concessionária está investindo R$ 1,4 bilhão em obras e R$ 500 milhões em serviços, sistemas, equipamentos e outras manutenções.
Assim, o Recife terá um aeroporto com capacidade operacional 60% superior, um novo píer para voos internacionais com quatro pontes de embarque, canal de inspeção e sistema de bagagens automatizado, mix comercial renovado e mais variado, espaços ampliados, mais confortáveis e funcionais, entre muitas outras melhorias.