Na última quinta-feira (28), foi comunicado pelo Sindicato da área de transportes a decisão de uma greve programada para o próximo dia 3 de outubro.
Está previsto que quatro linhas do Metrô interrompam suas atividades nesta data: 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata.
Há planos dos trabalhadores de realizar uma manifestação no dia anterior ao começo da greve. Além deles, ferroviários e empregados da Sabesp também confirmaram sua participação no movimento grevista.
"Trata-se de uma ação para reivindicar direitos e também para protestar", afirma Camila Duarte Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo.
Lisboa também esclarece que algumas linhas do Metrô, como a 4-Amarela e 5-Lilás, geridas respectivamente pela ViaQuatro e ViaMobilidade, não vão aderir completamente à greve devido à “intensa pressão dos empregadores”. Ela destaca que é particularmente difícil organizar movimentos sindicais nessas linhas privatizadas.
DEMANDAS DA GREVE
Lisboa aponta que, além de um aumento salarial e mudanças no ambiente de trabalho, há preocupações relativas às sinalizações de privatizações pelo governo de Tarcísio de Freitas, governador do estado de São Paulo, as quais tendem a resultar em uma elevação nos preços das tarifas de metrô e de água.
Como exemplo, são citadas as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, operadas pela ViaMobilidade, as quais frequentemente enfrentam problemas técnicos, com registros de atrasos, descarrilamentos e até colisões nas plataformas.
As entidades sindicais também destacam a insalubridade em alguns ambientes de trabalho e a excessiva carga de tarefas.
Outro ponto de atenção é um processo em curso de terceirização dos empregados das bilheterias do Metrô, que, conforme Lisboa, provavelmente resultará em redução salarial.
Em comunicado, a ViaMobilidade garante que as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda manterão suas operações normais na próxima semana.